A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, por meio da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária) e com apoio do curso de Medicina Veterinária da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), realiza nesta terça-feira, a partir das 13h, o 3º Fórum Paulista de Febre Aftosa.
O evento ocorre no Salão do Limoeiro, no campus 2 da Unoeste, em Presidente Prudente, e é voltado para todo o setor produtivo e demais interessados no assunto.
Além de importantes apresentações envolvendo ações de controle e erradicação da doença, durante o fórum será lançada a última Campanha de Erradicação de Febre Aftosa, que acontece em novembro, visto que, em 2024, São Paulo passa a ser zona livre da doença sem a imunização. A programação prevê a participação do secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
Em ofício publicado em agosto, enviado ao governo do Estado de São Paulo, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em cumprimento ao PNEFA (Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa), decidiu que São Paulo, após a etapa de novembro de 2023, passa a suspender a vacinação contra a febre aftosa. A medida faz com que o Estado se torne zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorrido com os Estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
“São Paulo atinge o mais alto status sanitário contra a febre aftosa, fruto de um trabalho de anos de serviço de defesa e parceria com o pecuarista. Novas oportunidades com abertura de novos mercados virão a partir de agora”, comemora Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da CDA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, responsável pela vigilância contra a enfermidade.
De acordo com o documento, a partir de 1º maio de 2024, animais com origem em zonas livres com vacinação, caso de Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro e parte do Amazonas, não podem ingressar nos Estados que já suspenderam a vacinação. “Isso será necessário porque o pleito para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação está previsto para ser apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. A previsão de finalização da avaliação será em maio de 2025, cumprindo, então, o prazo de 12 meses sem o uso do imunizante e sem ingresso de animais vacinados nas áreas, conforme definições do Código Sanitário de Animais Terrestres daquele Organismo Internacional”, descreve o ofício.
Para Breno Welter, médico-veterinário e gerente do PEEFA (Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa), a expectativa é que São Paulo avance junto com os demais Estados do bloco 4 no Plano Nacional, não havendo restrição de trânsito de animais e produtos.
“É importante ressaltar que em novembro teremos campanha e que o produtor deve manter o empenho para mantermos os altos índices, um dos requisitos para a evolução do status”, complementa o gerente.