Presidente Prudente é uma cidade de altas temperaturas. Na sombra, o impacto do sol forte é menor. Mas quem caminha por muitas ruas ratifica a seguinte informação: faltam árvores em muitas calçadas da capital da Alta Sorocabana. Os coletores de lixo e os carteiros que o digam. Há logradouros quase que desertos, cujas espécies sequer foram plantadas ou mesmo erradicadas ao longo do tempo e substituídas por pequenos arbustos.
Olhar para esta realidade e desenvolver um projeto de conscientização da população para o plantio em suas calçadas é uma necessidade a ser encabeçada pela administração municipal. Porém, a ação deve ser in loco, identificando os pontos com maior defasagem de arborização, entregando mudas adequadas para a zona urbana, que, sobretudo não impactem na rede de energia elétrica.
A medida pode partir diretamente do Executivo, ou mesmo de um projeto de lei de autoria do Legislativo prudentino, para que a cidade garanta uma melhor cobertura arbórea, forme corredores verdes e reduza a sensação térmica.
O Imparcial relatou nesta semana que atualmente Prudente possui 210 árvores, número elevado a partir do Programa de Arborização Urbana Prudente Mais Verde, que busca atender a recomendação prevista pela ONU (Organização das Nações Unidas) de uma árvore para cada habitante nos municípios.
Recompor a vegetação do centenário município é um desafio em função da resistência de muitos munícipes em não querer plantas em suas calçadas, por conta de danos causados pelas raízes ou pela sujeira causada pelas folhas, flores e frutos. Existe ainda o vandalismo, com a destruição de mudas, antes que atinjam sua fase de copa completa.
Além da questão climática, já que as plantas utilizam a luz solar direta em seu processo biológico, a arborização incide diretamente na qualidade de vida e saúde da população, e auxilia no controle da poluição sonora e ambiental. A conquista de resultados pode ocorrer a médio e longos prazos, porém, a execução deste projeto é uma necessidade pontual, que pode ser desenvolvido em parceria com as empresas e entidades. Que não seja só um anseio de quem vive de sol a sol.
