“Hoje estamos declarando uma guerra ao mosquito”, afirmou com ênfase o secretário municipal de Saúde de Presidente Prudente, Valmir da Silva Pinto, enquanto discursava ao lado do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), do presidente da Câmara, Demerson Dias (PSB), e do representante da Unimed, Edson Kuramoto, na abertura da campanha “Prudente contra o mosquito”, que ocorreu na manhã de ontem, no cinema do Centro Cultural Matarazzo. O Aedes aegypti é vetor de doenças como a dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
A menção a uma batalha faz sentido no atual momento do município: são 6.383 casos de dengue confirmados desde o início do ano, uma epidemia que não cessou no inverno e que causa grande preocupação na chegada do verão, com um agravante, a chegada do tipo 2. “A circulação do vírus tipo 2 é mais um agravante. Isso significa que, via de regra, quem já teve uma doença como a dengue transmitida pelo vírus se torna imune e não vai adquirir de novo, essa é a regra. Entretanto, com o aparecimento do tipo 2, isso volta a incluir, no grupo de pessoas que podem ser contaminadas, aquelas que já tiveram a contaminação”, destaca Valmir.
A batalha, enfatizam as autoridades, só terá êxito com o apoio da população. “Ao setor público, à Prefeitura, às instituições, cabe orientar, dar o apoio, mas somos nós que temos que fazer isso, temos que ter cuidado com as nossas casas, nossos quintais, nossos jardins, não dispensarmos nada que possa acumular água e servir de criadouro do mosquito”, salienta Bugalho.
Público e privado
Outra parceria indispensável, nesta, que o prefeito considera “uma das maiores campanhas da história”, é com o poder privado. Diversas empresas se dedicam ao sucesso da iniciativa, em especial a Unimed, que disponibilizará 80 caminhões ao longo de toda a ação. O prefeito faz questão de lembrar que “apenas com o poder público não estamos conseguindo vencer”.
Bugalho acredita que essa pareceria entre a Prefeitura, empresas e sociedade é que vai vencer a guerra contra o Aedes aegypti. “Isso que vai acabar derrotando esse mosquito que causa um mal tão grande para a sociedade como um todo, mal à saúde pública, danos à integridade corporal, à vida e até danos ao patrimônio”.
Primeiro mutirão
“Não é para retirar o que incomoda o morador, mas o que beneficia o mosquito”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Elaine Bertacco, enquanto falava a respeito do primeiro mutirão que ocorrerá amanhã. Neste dia, 12 caminhões serão utilizados para recolher possíveis criadouros do mosquito, oito cedidos pela Unimed e quatro da Prefeitura.
Os bairros contemplados nesta semana serão centro, Jardim Regina, Estoril, São Judas, Jardim São Marcos, Aviação, Jardim Paulista, Maristela, Bosque, Santa Helena, Ocidental, Vila Nova, Vila Bonita, Vila Geni, Jardim Europa, Jardim Santa Tereza, Duque de Caxias, Esperança e Boa Vista.