A VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso de LVH (leishmaniose visceral humana) do ano em Presidente Prudente.
O paciente é uma pessoa do sexo masculino, que está hospitalizada para ser medicada, conforme o protocolo médico, mas segue estável. A Vigilância não divulgou sua idade e o bairro onde mora.
No bairro em que o paciente reside, o órgão vai realizar, nesta semana, um trabalho de orientação em relação à importância da limpeza dos quintais e da retirada de qualquer material que possa contribuir com a proliferação do mosquito-palha, transmissor da doença.
A VEM também auxiliará na parte educativa com o trabalho de orientação e prevenção nas escolas e em igrejas. Já o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) fará uma ação para testagem da leishmaniose em cães.
O primeiro caso de leishmaniose visceral humana foi registrado em Prudente no ano de 2013. Com o caso confirmado nesta quarta-feira, a cidade soma 15 positivos, com dois óbitos, um em 2016 e outro em 2017.
Conforme o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito-palha. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.
Os principais sintomas são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.
Os insetos transmissores são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados e, depois, picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da leishmaniose visceral.
Segundo a pasta federal, é fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Uma vez diagnosticada, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de evitar agravo e complicações da leishmaniose visceral, que se não for tratada adequadamente, pode ser fatal.
Como prevenir
- Limpeza periódica dos quintais e retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem);
- Destinação adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos;
- Limpeza dos abrigos de animais domésticos.