O mercado de locações de imóveis está aquecido em Presidente Prudente, e os fatores primordiais são a proximidade do início do ano letivo e um cenário menos atribulado quanto à pandemia da Covid-19 em relação ao que se vivia no ano passado, quando a vacinação no país caminhava a passos curtos. É o que relatam profissionais do segmento imobiliário à reportagem.
Gerente da unidade prudentina da RE/Max Alliance, a também jornalista Larissa Rodrigues Biassoti conta que, desde novembro do ano passado, se nota um avanço significativo na busca de imóveis. “As pessoas já estavam se preparando e buscando a melhor condição desde o final do ano passado. A locação é um departamento na imobiliária que, apesar da pandemia, se manteve aquecido, mas nós conseguimos sim ver o reflexo da diminuição dos casos da Covid-19, quem busca por imóveis atualmente se sente mais tranquilo financeiramente, já que o cenário é menos instável do que o ano passado”, conta.
Segundo Larissa, no perfil de imóvel mais buscado estão as kitnets e os apartamentos, principalmente em bairros próximos ao centro e ao Parque do Povo. “A frequência é sempre de espaços já mobiliados, pois muitos deles realmente estão iniciando a vida agora e não possuem todos os móveis. A busca por casas amplas para formar república não é um caso muito recorrente aqui, foi solicitado apenas uma vez”, narra a gerente da RE/Max Alliance.
Assim como Larissa, a proprietária e gerente da Imobiliária Carrion, Lucilene Martins, confirma que o setor está aquecido devido à proximidade do início das aulas nas instituições de ensino superior em Presidente Prudente e difere bastante do que foi vivenciado no ano passado. “Em bairros como o Jardim Bongiovani e Vale do Sol não tenho mais imóveis para locar”, pontua. De acordo com a gerente da Carrion, os preços de locação das kitnets, que é o tipo de imóvel com maior procura, variam entre R$ 350 e R$ 550.
Atendente da Imobiliária Sistema, Rafaela Zampoli, também segue a linha de raciocínio de Larissa e Lucilene e relata que imóveis de um a três cômodos possuem um fluxo maior de locação nesta época do ano, graças ao período próximo de início do ano letivo. “Não temos mais imóveis deste tipo para locar. Nossa área de locação é aqui na região do Parque do Povo, nas proximidades do campus I da Unoeste [Universidade do Oeste Paulista]”, relata.
O gestor da imobiliária Kelly Imóveis, Maycon Videira, assinala que o período que compreende os meses de janeiro a março é o mais aquecido do mercado de locações ao longo do ano. “É muito aquecido. E não só por conta da volta às aulas, mas também porque muita gente deixa este período de férias para estar mudando de cidade. Então, pelo menos, o perfil que percebemos por aqui é que não só a classe de estudantes, mas sim famílias, de modo geral, tem uma procura bem grande”, caracteriza Maycon.
Na Imobiliária Pasqualini, de acordo com o proprietário Alberico Peretti Pasqualini , que também é delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), no contexto atual é possível observar que a demanda por imóveis residenciais territoriais, principalmente casas de pequeno porte, aumentou. “A procura por residências térreas é uma nova característica da busca pelos estudantes. O que tenho notado é que eles chegam por aqui com informações que Prudente é uma cidade segura. Então, eles já vêm com essa ideia de ter um conforto unido a uma boa residência, com ar-condicionado e garagem coberta por exemplo”, expõe Pasqualini.
Segundo o gestor imobiliário, entre os imóveis territoriais, as casas de dois cômodos são as mais procuradas e não há uma preferência ou recorte de bairros que sejam próximos às universidades porque, de acordo com Pasqualini, os estudantes, atualmente, “possuem veículos”. “Esta história do imóvel ficar próximo à universidade ficou em um passado recente. Hoje o estudante vem para cá com outra mentalidade, já vem com o carro próprio”, pontua.
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