Cerca de 40 pessoas se reuniram na tarde de ontem, em frente ao Fórum de Presidente Prudente, onde promoveram uma manifestação contra o resultado da votação do último domingo, quando Nelson Roberto Bugalho (PTB) e seu vice, Douglas Kato Pauluzi (PTB), foram eleitos para comandar o Executivo a partir de janeiro de 2017. Um dos organizadores da ação, Edgard Puccinelli, pontua que vai protocolar hoje uma ação na Justiça Eleitoral, pedindo uma investigação sobre suposta compra de votos durante a campanha dos vitoriosos.
Edgard afirma que tem provas testemunhais de que o caminhão do Setor de Alimentação Escolar e veículos oficiais teriam sido utilizados para adquirir votos em troca de cestas básicas e dinheiro em espécie, principalmente em bairros como o Conjunto Habitacional João Domingos Netto, Humberto Salvador, além do distrito de Montalvão. "Algumas senhoras também nos procuraram para dizer que foram induzidas ao erro por cabos eleitorais deste grupo, que diziam que os outros candidatos estavam cassados ou com candidaturas indeferidas", pontua.
Manifestação foi contra o resultado da votação de domingo
Os manifestantes, que organizaram a ação por intermédio das redes sociais, pretendem realizar um novo protesto na manhã de amanhã. "Não vamos ficar calados. Estamos sendo lesados", diz Edgard, que concorreu a um cargo de vereador pelo PMDB. Ele ficou na 142ª posição, com 258 votos.
Defesa
Sobre o apontamento de que veículos da Prefeitura teriam sido usados em campanha eleitoral, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) pontua, em nota, que se trata de uma "forma reacionária de aceitar a derrota". Já o advogado da coligação "Avante Prudente" (PDT/PTB/PSC/PV/PCdoB/PHS/PMB/PR/PSDB), Alfredo Vasques da Graça Junior, que representa Bugalho e Kato, afirma que "as acusações são absurdas e completamente infundadas". "Na campanha, apenas levamos propostas de um plano governo que foi estudado para nossa cidade. Jamais faríamos algo ilegal. Somos conhecedores da lei e a respeitamos", comenta. "Jamais propagamos inverdades ou induzimos alguém a erro. Nossos votos foram obtidos pela população, que acreditou e confiou nas nossas propostas e aspirações. Os simpatizantes dessa ou daquela candidatura devem se conformar com o voto democrático e aceitar a vontade popular. Agora é hora de união para uma Prudente ainda melhor e não de criar ‘factoides’ sem qualquer fundamento legal", pontua o advogado.