Toda Quaresma a igreja prescreve aos fiéis as penitências quaresmais, que são: jejum, abstinência e oração. Necessário é deixarmos a vida de pecado e renascer em Cristo para uma vida nova, se configurando a ele, pela mortificação de nossos pecados. Por isso que o propósito quaresmal deve ser realizado não como uma forma de promessas que estabelecemos fora do alcance de serem cumpridas durante o período da Quaresma. Mas através da nossa conscientização, de que devemos nos configurar a Cristo, nosso modelo de perfeição cristã, para estarmos no caminho de Deus e cumprir a sua vontade. A humildade e o bom senso fazem com que vivemos nosso propósito concreto de mortificação e, sobretudo, de oração. Fechados um pouco mais aos prazeres sensíveis, abramo-nos nestes dias ao amor, ao sacrifício, à penitência silenciosa e discreta. Definir um propósito quaresmal é uma forma de viver esse período com mais profundidade e significado. Mas como escolher um propósito verdadeiro e transformador? Reze e reflita: peça a Deus discernimento para entender o que precisa mudar em sua vida. Escolha algo que te aproxime d’Ele; pode ser um jejum, uma prática de caridade ou um compromisso de oração diária. Seja realista, mas comprometa-se: seu propósito deve ser desafiador, mas possível de cumprir. Viva a Quaresma com o coração; não se trata apenas de sacrifícios, mas de uma transformação interior. Alguns fiéis intensificam a leitura da Bíblia, assim como aumentam sua rotina de orações. Realizar obras de caridade àqueles que necessitam é outra prática reforçada durante esse período. Entre as ações de penitência, está a prática do jejum. Alguns se abstêm de carne vermelha, outros deixam de consumir algum tipo de doce ou de usar redes sociais, por exemplo. As práticas de jejum são inúmeras e vão da escolha de cada indivíduo. Todo propósito quaresmal é uma exercício que fazemos como forma de conversão de nossos pecados. Realizar o propósito por obrigação não faz sentido, pois em outra passagem Jesus dizia: “Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. (Mt 12,7); ou seja, se abster de algo que eu gosto em sinal de respeito, pelo fato de Jesus sofrer na carne d’Ele os nossos pecados, se bem que ele não tinha pecado, mas ao assumir a nossa condição humana ele em sal Paixão, entrega na cruz, aniquilou os nossos pecados, para nos reconciliar com Deus e trazermos vida nova e também como fuma forma de comprometimento pela nossa conversão. Sendo assim, o propósito quaresmal que realizamos tem uma finalidade que é valida; para que na Páscoa do Senhor, possamos com Ele ressuscitar para uma vida nova.
MINI SERMÃO
Ao realizarmos o nosso propósito quaresmal, devemos fazer por amor a Jesus em sinal de gratidão por ele se entregar na cruz para a nossa reconciliação com Deus e salvação de nossos pecados. A abstinência deve ser realizada como uma forma de sacrifício interno do que gostamos e que terá como finalidade a conversão de nossos pecados. É um período em que devemos intensificar as nossas orações e cultivar o hábito de diálogo com Deus, apresentando as nossas inquietações, e os pedidos daqueles que solicitam as nossas intercessões. Porém não podemos esquecer que a caridade o desapego, a partilha a doação e o serviço ao próximo nos fazem bem em atender e suprir as necessidades do próximo de acordo com o nosso alcance. Logo devemos realizar o propósito quaresmal não por obrigação, mas respeito e gratidão ao sacrifico pascal de Cristo, para a nossa redenção.
(Autor: Padre Armando Nochetti)
AGENDA PAROQUIAL
-Presidente Prudente – Distrito de Montalvão
-Missas aos domingos 8h e 19h
MENSAGEM DO PAPA
O papa Francisco ao falar sobre “o propósito quaresmal” destaca a conversão, esperança e a caridade. A conversão é necessária, para a nossa libertação dos pecados. O jejum, a oração e a esmola são condições para a conversão. O deserto quaresmal é um caminho da caridade para com os vulneráveis. O jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas. O jejum de descontentamento e encher-se de gratidão. O jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência. Jejuar significa colocar um limite em muitos desejos, às vezes bons, para ter pleno domínio de si, para aprender a regular os próprios instintos, para treinar à vontade para o bem. A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão. Cuidar de quem sofre. Falar sobre os pobres e idosos que vivem em silêncio, marginalizados e descartados. O caminho no deserto quaresmal é um caminho da caridade para com os vulneráveis. Entregar a Deus o que nos impede de buscar a reconciliação e se reconciliar com o próximo.
Padre Armando Nochetti
Admi. Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Montalvão.
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