Projeto Latido ultrapassa 1,5 mil cães resgatados em 6 anos

Hoje, entidade, localizada em Prudente, cuida de 25 animais, número que poderia ser maior, mas faltam recursos e voluntários

PRUDENTE - Cassia Motta

Data 01/12/2024
Horário 07:15
Foto: Cedida
Segundo Denise Costa, presidente do Projeto Latido, maioria dos cães resgatados é vítima de maus-tratos
Segundo Denise Costa, presidente do Projeto Latido, maioria dos cães resgatados é vítima de maus-tratos

O Projeto Latido é uma organização sem fins lucrativos localizada em Presidente Prudente, criada há 6 anos para resgatar, proteger, tratar e cuidar de cães que foram vítimas de maus-tratos ou abandonados por suas famílias. Segundo a empresária Denise Costa e presidente da ONG (organização não governamental), atualmente 25 cães estão aos cuidados do Projeto Latido, mas esse número poderia ser maior. “Nós temos espaço para ampliar o atendimento a esses cães, mas faltam recursos, doações e mais voluntários”.

Os voluntários, de acordo com Denise, são de vários tipos. “Temos grupos de voluntários que auxiliam na divulgação das nossas redes sociais, pessoas que ajudam no resgate, algumas que ajudam com ração e medicamentos, e temos dois voluntários que nos auxiliam toda a semana na chácara onde ficam os cães”.

Como tudo começou

Denise conta que o Projeto Latido começou, na verdade, por causa de um cachorro da sua família: o Bily. “Ele estava andando na calçada com minha filha e foi agredido brutalmente por um homem que estava alcoolizado. Foi muito machucado e uma pessoa, uma protetora, ajudou o levando imediatamente para uma clínica. Mas, infelizmente, o Bily faleceu. Daí fiquei pensando em ajudar mais esses animais, como o nosso Bily foi ajudado. Eu e meu ex-marido começamos a fazer lar temporário para cães abandonados e aí acabou virando uma ONG”.

A família chegou a ter 48 cães na própria casa. “Então, felizmente, conseguimos um local adequado e criamos o Projeto Latido há 6 anos”. De lá para cá mais de 1,5 mil animais passaram pela ONG.

Abandono

De acordo com Denise, os cães que são resgatados pela ONG são principalmente animais vítimas de abandono, que estão doentes, idosos ou vítimas de maus-tratos, sem alimentação. “Principalmente os animais vítimas de maus-tratos chegam para nós através da Policia Ambiental. Muitas vezes, são cães abandonados como mãe e filhotinhos, cachorras prenhas, todos bem debilitados e abandonados por suas famílias”.

Denise explica que quando o animal chega, o primeiro passo é o atendimento com um veterinário, muitas vezes o animal fica internado recebendo os primeiros cuidados. “Quando saem da internação, nós fazemos a recuperação clínica desse animal com os medicamentos necessários e depois eles passam por uma reabilitação comportamental, pois chegam extremamente traumatizados. Por isso, muitas vezes nem todos ficam prontos para adoção, mas a gente continua cuidando”.

Adoção responsável

Quem pensa em adotar um cão deve analisar antes se pode garantir a saúde e bem-estar do animal. Um grande erro de quem adota um cão é tomar a decisão por impulso. “Nós fazemos todo procedimento necessário para uma adoção responsável, pois esses animais costumam carregar grande traumas, pois sofreram maus-tratos. Então, a gente analisa o perfil do animal, o perfil da família, faz uma entrevista, avalia se a família vai dar conta. Por exemplo, um animal grande, a família que adotar deverá ter espaço para ele. Depois da adoção fazemos o acompanhamento para verificar se está tudo bem”, esclarece Denise.

Colaboração

Todo esse trabalho de atendimento, medicamento, reabilitação, ração, na maioria das vezes sai do próprio bolso. “Muitas vezes, a maioria delas, temos que bancar muita coisa. Temos sim, voluntários que nos ajudam com ração, medicamentos, mas precisamos de mais ajuda da comunidade. Por isso nós estamos abertos à visitação, para que as pessoas conheçam o nosso trabalho e a dificuldade que é manter esse trabalho. Aceitamos toda a ajuda para esses animais que precisam de consultas, exames, medicamentos e material de construção, pois queremos ampliar o local, temos espaço, só não temos recursos”.

Denise disse com tristeza, que hoje são atendidos 25 animais, mas que o número poderia ser maior. “Poderíamos atender cerca de 60 animais, mas precisamos ampliar o local onde eles ficam. Corremos o risco de ter que reduzir ainda mais esse número”.

Como ajudar

Se você quiser conhecer o trabalho de perto, o Projeto Latido fica localizado numa chácara, na Estrada do Batalhão, nº 941 – Jardim Paulistano, em Presidente Prudente. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 13h às 18h.
Para quem quiser ajudar com qualquer quantia em dinheiro, o PIX é 18998082316. O projeto também necessita de medicamentos, vitaminas, exames de sangue, consulta médica veterinária e ração. Para mais informações, o telefone do projeto é: (18) 99694-8407. A página no Instagram é @projeto_latido.

Foto: Cedida


Projeto Latido atende atualmente 25 cães; número que poderia ser ampliado

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