O projeto "Tecnologia e ação cidadã: sinergia para inclusão social" foi levado na tarde de quarta-feira para o Lar Santa Filomena. Mais de 100 crianças e adolescentes, divididos em três grupos participaram das seguintes atividades: produção de personagens de jogos digitais, realização de pintura em papel e exibição de filme com foco em questões ambientais.
Atividades de pintura, especialmente para as crianças, foram desenvolvidas no projeto
Instruídos pelo professor Sebastião Hélio e orientados por alunos de cursos da Fipp/Unoeste (Faculdade de Informática de Presidente Prudente da Universidade do Oeste Paulista), adolescentes construíram seus personagens utilizando computadores da sala de informática do lar. Numa das salas, as crianças fizeram pinturas sobre o tema "O mundo ideal", para apresentar uma visão de como é o mundo delas.
O filme Wall-E apresenta a temática meio ambiente, a partir do grande problema da terra entulhada de lixo e a atmosfera poluída por gases tóxicos. Todas as atividades de acordo com proposta de iniciativa da professora Dra. Edima de Souza Mattos que também leciona na Faclepp/Unoeste (Faculdade de Artes, Ciências, Letras e Educação) e é proponente do projeto na Pró-reitoria de Extensão e Ação Comunitária (Proext).
Foram mobilizados mais de 30 alunos da Fipp e da Faclepp para as atividades no lar, vindos dos cursos de Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Jogos Digitais e Artes Visuais. Participaram 110 das 200 crianças e adolescentes atendidas no lar, elas que no contra turno escolar têm atividades de música, judô, artes, informática e educação física.
Para a coordenadora pedagógica do lar, Paula de Goes Rosa, o projeto da universidade é muito importante, inclusive por apresentar atividades diferentes e que servem para complementar as ações já existentes. Disse que a Unoeste contribuiu com a entidade em outros momentos e que as portas estão abertas para iniciativas voluntárias das pessoas em condições de oferecerem novas ações.
No projeto pela Unoeste está contemplado o uso da tecnologia para estimular a inclusão social; o despertar do gosto pela leitura infanto-juvenil, seja na linguagem escrita ou audiovisual; e o apreender técnicas de pintura. Tudo no sentido de elevar a autoestima e proporcionar visibilidade à realidade social para locais de acolhimento, de acordo com Edima.
Com ações de natureza filantrópica, cultural, técnica, educacional e de promoção humana, o projeto cadastrado na Proext também envolve, na condição de apoiador e orientador, o coordenador do curso de Sistemas de Informação, Haroldo César Alessi. A realização é sustentada em temática vinculada às políticas públicas, nas áreas de tecnologia, comunicação, direitos humanos e justiça, educação e cultura.
Professores e alunos são estimulados a enxergar além dos muros do convívio diário no ensino superior e à compreensão da realidade em locais de acolhimento, incluindo ainda o estímulo ao trabalho voluntário, de acordo com Edima. "Os alunos aqui do lar gostaram tanto que mal começamos e já perguntaram se voltaremos amanhã", comentou Sebastião Hélio. Conforme Edima o projeto voltará a atender o Lar Santa Filomena e também existe previsão para ser levado ao Lar dos Meninos e ao Lar São Raphael.