Projeto atende 40 pacientes por mês em casa

Iniciativa, chamada fisioterapia domiciliar, visa promover conforto e praticidade aos pacientes de Álvares Machado

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 02/06/2018
Horário 10:36
José Reis - Atendimentos de fisioterapia domiciliar são realizados após avaliação das necessidades
José Reis - Atendimentos de fisioterapia domiciliar são realizados após avaliação das necessidades

Resultado de um levantamento das necessidades de Álvares Machado, a fisioterapia domiciliar visa proporcionar um atendimento prático e personalizado. A inciativa da Secretaria de Saúde do munícipio atendeu mais de 150 pacientes desde agosto do ano passado e, hoje, a média mensal é de 40 pacientes, segundo a diretora da Divisão de Saúde, Neide Castilho.

O projeto, segundo Neide, surgiu da necessidade da cidade em relação à valorização do cuidado médico. Além disso, dentro desse levantamento foram observadas as condições de vida das pessoas e a possibilidade de acesso à UBS (Unidade Básica de Saúde). “Tem muitos pacientes que sofreram AVC [acidente vascular cerebral] e precisavam ter um cuidado maior. Conversei com os fisioterapeutas sobre a possibilidade de fazer o atendimento em casa”, relata.

Mas qual o diferencial da fisioterapia domiciliar? Neide explica que promover o conforto do paciente, que é atendido em casa, e levar a educação em saúde até sua família são os fatores que mais diferenciam o atendimento.

O que é educação em saúde? É uma orientação dos fisioterapeutas para a família dos atendidos que, em casos de pacientes muito debilitados, são responsáveis na ausência do profissional. “Desta forma, eles podem ter a segurança de que estão cuidando corretamente do familiar”, explica a diretora.

 

Saúde em casa

Com uma equipe composta pelos fisioterapeutas Luciana da Silva e Gustavo Dalaqua, as visitas domiciliares são diárias. A prioridade são os atendimentos fisioterapêuticos que são fixos, porém, caso o paciente necessite de outros tipos de cuidados médicos, profissionais do Nasf (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) são acionados, como psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos e fonoaudiólogos.

A fisioterapeuta Luciana da Silva possui 19 anos de profissão, participa do projeto desde o início, e sente que é gratificante todas as vezes que observa a evolução dos pacientes. Ela explica que também atende na área rural da cidade e as famílias passam por “muita falta de recursos”. “Tem um paciente que já teve AVC três vezes e não tinha como ir para a cidade receber atendimento”. Apesar disso, Luciana destaca a melhor parte do contato mais próximo, que é a conversa durante o atendimento. “O que mais gosto é falar com eles, tem coisa que eles comentam só comigo, desabafam, gosto de ouvir, poder ajudar”, relata.

Segundo a profissional, alguns dos atendidos estão “muito debilitados”, utilizam sondas e não têm  condições nem de levantar as pernas. Isso faz com que ela perceba a importância de cada melhora. “Você começa a dar mais valor na vida, cada dia é um dia novo e, às vezes, a gente passa por algumas coisas, todo mundo passa, mas quando chego na casa de um paciente penso, gente, como Deus é maravilhoso”.

Outro fator destacado por Luciana é a carência dos pacientes, a animação com os dias de atendimento e atenção que recebem. “Em algum dia que não posso ir, que tenho coisas pessoais para resolver, eles e a família me ligam”, conta.

 

SAIBA MAIS

O número de atendimentos semanais de cada paciente varia de acordo com a necessidade. Em casos de problemas de coordenação motora, normalmente, são duas visitas semanais. Em situações mais graves, três. Já em relação a problemas respiratórios são realizadas cinco visitas na mesma semana.

 

Serviço

Para ser atendido, basta agendar uma visita dos fisioterapeutas recorrendo à UBS do município ou pelo telefone (18) 3273–4000. Após isso, é feita uma avaliação das necessidades, na qual, segundo Neide, os profissionais observam o nível de gravidade do quadro clínico e as condições de locomoção do paciente.  

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