O final do ano e o início de um novo são marcados pelas viagens familiares, devido às festividades e férias escolares. Terminado este período, será que é importante realizar uma revisão do carro para verificar se houve algum desgaste devido à longa quilometragem percorrida?
Para o mecânico e proprietário da oficina mecânica PrudenMec, Maurício Dionísio, por mais que não seja comum que os clientes procurem o serviço de revisão após longas viagens, a vistoria preventiva do carro é importante. “Nesse caso, o que é mais comum são problemas que estão mais associados à parte de suspensão, como mudança no alinhamento e balanceamento do veículo. A procura não é tão grande. Se a pessoa realizar uma vistoria antes de viajar, pelo menos, ela já fica mais segura”, pontua.
O gerente pós-venda da Liane Veículos, Laércio Domingos, relata que, na concessionária, as revisões mais comuns são as preventivas, feitas no período que antecede as viagens e de acordo com o plano de manutenção passado pela montadora. “Nossos clientes costumam fazer as revisões sempre dentro da quilometragem e do período correto. A revisão é feita a cada 10 mil km ou a cada um ano. Normalmente, além dos itens de obrigação comum, como óleo do motor, filtro de óleo e combustível, a revisão é feita sobre outros componentes. A nossa recomendação é sempre fazer a vistoria conforme este calendário de manutenção. Quando a revisão é feita em dia, a probabilidade de o cliente ser pego de surpresa é muito pequena”, expõe Laércio.
Sobre longas quilometragens percorridas, o gerente pós-venda da Liane narra, que dentro deste cenário, é de bom tom o cliente fazer uma revisão de alinhamento e balanceamento do veículo. “O que pode acontecer em viagens longas é pegar uma estrada ruim, com muitos buracos, e o veículo ficar desalinhado e desbalanceado. Então, recomendamos o cliente, se for possível, realizar esta vistoria, porque o carro pode sair do alinhamento durante a viagem. Com isso, desalinhado, o pneu do veículo irá ter um desgaste maior e poderá trazer prejuízos ao motorista”, narra.
Laércio pontua que ao não se fazer a revisão básica, seja ela antes ou depois de uma viagem, componentes que podem estar em desgaste prematuro, como velas, correia dentada e filtro de combustível, podem trazer danos futuros ao veículo. “Os riscos são nesses itens que fazem parte das manutenções periódicas. Se uma correia dentada quebrar, ela pode ocasionar a danificação interna do motor por exemplo”, explica.
O gerente de marketing V. Muchiutt, Flávio Lacasa, por sua vez, enfatiza que muitas pessoas não têm a consciência de realizar uma revisão preventiva do veículo. Flávio pontua que, normalmente, o hábito dos clientes é fazer a manutenção periódica até três anos depois que o carro foi comprado. “Olha, as nossas intervenções geralmente são para conserto de problemas. A demanda de uma revisão pós-férias é pequena. O brasileiro não tem esta política de fazer uma revisão preventiva. Normalmente, ele faz depois que o problema aparece”, relata Flávio. Bem como Laércio, Flávio relata que o ideal é que o cliente faça uma revisão preventiva de um em um ano para veículos novos e de seis em seis meses para carros após três anos de uso.
