Professor, ouse mais que um educador
Marcos Alves Borba
Talvez a expressão do título não possa unificar a todos, principalmente aos célebres da magistratura de nossa educação, ao dizerem e entenderem que quem educa são os pais e não os professores. Longe de mim querer tentar dissipar das grandes e compreensíveis elaborações de frases condizentes com várias áreas ou funções, e pregar o correto na formação de quem que seja o perfeito ao conotar isso ou aquilo. Longe disso!
Mas, a intenção pelo menos nos faz refletir e muito. Quero tentar expor que hoje em dia se quisermos fazer parte de um grupo seleto de profissionais da área do conhecimento, que desde então estamos tentando elevar a nossa vontade ao patamar da educação, precisamos ficar atentos e entender que o caminho mais promissor e menos sofredor, será ficarmos mais próximo dessa geração. No que tange aos grandes desafios atuais, devido uma geração ser tão imediatista e futurista de suas realizações e desejos para muitos, até extrapolam nas atitudes de comportamentos desacerbados que acabam atrapalhando seus desempenhos de crescimento. Será?
Quando me propus a essa explanação é devido ainda nos depararmos fortemente com grandes profissionais que ainda persistem em dizer que essa geração está perdida, principalmente quando se comparam a tempos passados (e eu me incluo também). O que ainda prevalece nos conceitos fortemente expressados e menos praticados como a responsabilidade, o interesse, o compromisso e tantos outros adjetivos que preconizam o desempenho de pessoas pela busca do conhecimento. Principalmente se tratando de crianças e adolescentes de nossos tempos contemporâneos.
Essa geração nada tem haver e muito menos se situar na prática, o que tempos de nossos pais junto à escola nos concedeu as nossas atitudes que nos proporcionou. Hoje, com o livre arbítrio das expressões, há necessidade de entender e buscar o estado das emoções e razões de um tempo totalmente diferente do que existe. E devido à velocidade dos tempos, somos provocados a cada dia por essa geração, a buscar o discernimento de etapas das disciplinas aplicadas em acompanhar a elaboração de ações que tenha sentido mais próximo, e realista de educadores e gestores de qualquer unidade escolar. Principalmente numa transição de alunos do fundamental para o ensino médio.
Estudos provam que, se quisermos somar na busca dessa transição desses alunos, precisamos fazer entender aos professores e gestores a veracidade de desempenho fixo e de crescimento de cada um desses profissionais. O que possa estimular de maneira precisa uma obrigação sadia de saber somente de que tal disciplina não garanta que sejamos um professor que agregou no desempenho desses alunos. Isto é, sou um profissional de tal matéria e preciso urgentemente somar as suas atitudes emocionais e nas razões de suas escolhas. Somos parte importante e maior nesse processo. E, infelizmente, grande parte de profissionais se omitem dessa pequena atitude em somar num caminho que possa não só estimular, como também agregar sua simples contribuição.
O verdadeiro aprendizado nesse processo ficará na atitude de compartilharmos, angustias e ansiedades, de maneira acolhedora. Mas, sempre na partilha de acreditar que juntos, escola, pais, professores e gestores estejam verdadeiramente crentes e dispostos. O que podemos aprender com isso? O momento atual de nossa busca é o desenvolvimento e crescimento desses profissionais para com os alunos, que jamais irão deixar de serem pessoas com um objetivo maior de suas realizações, são objetivos de vida. Se entenderem que realmente a educação os move e faz acontecer, é preciso que a vocação desses profissionais esteja muito mais além de suas orientações intituladas como formadores de pessoas.