Entre faixas, cores, tatames, plateia e nervosismo, 400 caratecas de 32 delegações do Estado de São Paulo estiveram presentes na manhã de ontem, no Ginásio Municipal Watal Ishibashi, para dar início à 1ª Etapa do Campeonato Paulista de Caratê 2017. Simbolizando o começo do calendário de competições da FPK (Federação Paulista de Karatê), os atletas realizaram confrontos na fase classificatória, que dá acesso às finais do torneio, em São Bernardo do Campo (SP).
Uma realização que não tem apenas um motivo, mas sim dois. O Delegado Regional da modalidade, Paulo Villalva, explica que a abertura do evento no oeste paulista é um presente, da FPK, que queria fazer uma homenagem à comemoração do centenário da cidade. "Além disso, a região é vista como um dos maiores polos da modalidade, em relação ao cenário do caratê nacional", completa.
400 atletas representaram 32 delegações do Estado de São Paulo
E quem reconhece esse seleiro de talentos aqui na capital da Alta Sorocabana é o secretário de Esporte do município, Claudinei Quirino da Silva. Representando a Semepp (Secretaria Municipal de Esporte de Presidente Prudente), que prestou apoio ao evento, ele garante que a administração reconhece a realização como um honra. "A gente manteve um contato com a delegacia regional da modalidade, a fim de realmente proporcionar esse momento. Desta forma, vimos que era viável o acontecimento aqui, pela importância que o caratê tem para a região", afirma.
E quando falamos em região, trata-se, realmente, de várias localidades. Direto de Araçatuba (SP), a carateca Laura Segura Texeira, 13 anos, acordou cedo e veio junto com a delegação da cidade para participar da etapa classificatória. Pela primeira vez disputando uma chance no Paulista, ela relata que começou no esporte, parou e agora voltou de vez, por amor. "Estou nervosa, mas ao mesmo tempo confiante. Eu me inspiro no meu sensei e estou aqui para dar o meu melhor", comenta.
Objetivo que é o mesmo da pequena Ingrid Hayla dos Santos. Com apenas 11 anos, a atleta que representa Pirapozinho (SP), foi na contramão da vontade dos pais, que queria vê-la no jazz ou balé, e resolveu encarar as artes marciais, o que para ela, hoje, é uma paixão. "São quatro anos dedicados à modalidade, sem pretensão de parar ou interromper. Na verdade, muito pelo contrário, quero crescer no que gosto de fazer", conclui.
E quem consegue esse crescimento também traz consigo a experiência nas disputas. Veterano no Campeonato Paulista, Fábio Mizugai, de Araçatuba, que também é professor de educação física, veio à etapa carregando, além da vontade de se classificar, o know-how de quem pratica o esporte há trinta anos. Dos treinos no fundo de casa até a atual academia, com direito à passagem no Japão, ele conta que entrou na modalidade por interesse próprio. "O caratê, antes de tudo, da competição, ele me ajuda na vida. Me ajuda a ter harmonia, equilíbrio e disciplina", finaliza.
