O Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) realiza várias atividades com o objetivo de chamar a atenção e atrair o público em geral, principalmente estudantes, para conhecerem o que estes espaços têm a oferecer. E aproveitando a entrada da nova estação, promove até sexta-feira, em diversas unidades nacionais, entre elas o Cemaarq (Centro de Museologia Antropologia e Arqueologia), da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), de Presidente Prudente, a 9ª Primavera de Museus, com o tema "Museus e Memórias Indígenas".
Entre as ações, além de teatro de fantoches e minipalestra, as crianças poderão assistir aos filmes "A lenda do guaraná" ou "Como a noite surgiu" e ver de perto réplicas de peças de cerâmica Marajoara (400/1400 dC), vasos da cerâmica de Santarém; peças feitas por índios contemporâneos, que expõem tanto a riqueza do artesanato tradicional indígena como as consequências que eles vêm sofrendo com a influência da sociedade envolvente, etc.
Alunos puderam comparar maquetes: da cidade e aldeia indígena
Na tarde de ontem, 35 alunos da Escola Estadual Dr. José Foz estiveram no local, onde se encantaram com a exposição de paleontologia e arqueologia pré-histórica composta de materiais indígenas. Na seqüência, tiveram explicações importantes da aluna de Geografia da Unesp, Janaina da Silva Lima, que é monitora do museu, sobre a culturação.
Ela mostrou para a garotada como o contato do índio com o homem branco os faz absorver novas culturas, costumes, o que não quer dizer que deixam de ser índios. Para demonstrar melhor, ela utilizou duas maquetes: uma representando uma cidade e a outra uma aldeia indígena. "Tentamos fazê-los entender como as transformações ocorrem, os pós e os contras, como a perda de território dos índios, o preconceito que ainda existe, entre outras curiosidades destes que são riquezas do nosso país", ressalta Janaina.
Extrassala
A professora da turma do 6º ano, Denise Aparecida Manoel, 47 anos, expôs que é bem interessante para os alunos, porque eles têm ideia do patrimônio cultural de um museu, especialmente pela interdisciplinaridade. "Estudamos bastante sobre pedra lascada, fósseis, mas nunca tínhamos visto uma de perto. Foi legal poder tocar", salientou Miguel Antonio Ferreira da Silva, 10 anos.
"Gostei muito de ver de perto os fósseis. É legal poder estar em lugares onde adquirimos mais informação e aprendizado", completou Anthony Lucas Silva Pontes, 11 anos.
"A maioria de nós esteve no museu pela primeira vez. Foi muito legal, e tenho certeza que cada um de nós pode aprofundar um pouco mais no que já estudamos em sala", acentuou Ana Laura Vilarinho de Oliveira, 12 anos.
serviço
AOS INTERESSADOS
Agendamentos de visitas podem ser feitos com Adriana Yumi Nagae, Staepe (Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão), Unesp, campus de Presidente Prudente. O telefone para mais informações é o 3229-5327 com Adriana e 5428 / 5840. O horário de visitação das exposições é: das 8h às 11h30h e das 14h às 16h30.
