Ocorreu na manhã desta sexta-feira, a primeira reunião da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema) no ano. Por excepcionalidade, o evento foi realizado no auditório do HE (Hospital de Esperança) para que o presidente da unidade hospitalar, Felicio Sylla, apresentasse aos representantes municipais a proposta de colaboração com o HE dentro das possibilidades de cada município.
O presidente do HE apresentou o plano de colaboração com o hospital aos deputados estaduais Mauro Bragato (PSDB) e Ricardo Madalena (PL) , a 18 prefeitos da região de Presidente Prudente e ao representante da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), o prefeito de Rinópolis, José Ferreira Neto (PSDB). Felício abriu a reunião falando sobre a necessidade de fortalecimento político da região do oeste paulista e, logo depois, passou a palavra ao prefeito de Presidente Prudente e presidente da Unipontal, Ed Thomas (PSB), que falou sobre a essencialidade de trabalhar o projeto de desenvolvimento da região como algo macro no interior do Estado de São Paulo, e que nisto está inserido o papel do HE no atendimento dos pacientes do oeste paulista.
“Sabemos do trabalho, da luta e da dificuldade. Não há só uma vontade dentro deste prédio aqui, existe um projeto, que nasceu de uma humildade grandiosa. Este projeto ainda é humilde, mas ele tem que ser sofisticado como a nova tecnologia que está aí e para isso é necessário recurso. E toda uma região entra dentro desta casa [o HE] todos os dias. Ao passar por aqui, você vai encontrar alguém do seu município sentadinho ali, esperando o resultado de um exame, um encaminhamento”, pontuou o chefe do Executivo prudentino aos representantes do oeste paulista.
Após solenidades de homenagem aos deputados presentes, Felício retomou a palavra e aprofundou sobre o tema de proposta de auxílio dos munícipios da Unipontal ao hospital. Ele dissertou sobre os atendimentos prestados pelo HE e lamentou o tamanho da fila de espera de pacientes. “Hoje nós temos 135 pacientes esperando regulação no sistema Cross [Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde]”, assinalou o presidente do hospital, enquanto uma lista com o número de pacientes em espera por município era apresentada no projetor do auditório.
Segundo ele, o HE está de mãos atadas, pois não possui os recursos suficientes para atender o número de pacientes que procuram a unidade hospitalar, que hoje é acima da capacidade do que estabelece o contrato com SUS (Sistema Único de Saúde). “Até um tempo atrás, nós tínhamos dinheiro em caixa e nós começamos a atender sem fila. Porém, atualmente acabou o nosso dinheiro”.
“A proposta que faço aos senhores é de uma ajuda financeira para o hospital. Não vai ser um dinheiro carimbado, que vincula. O hospital tem que fazer um atendimento de 20% de gratuidade, e a diretoria pretende usar este dinheiro que for repassado para o hospital na nossa gratuidade. Nós somos em 45 municípios abrangidos pela DRS-11 [Departamento Regional de Saúde], se nós conseguirmos R$ 400 mil ou R$ 500 mil, nós já temos de pronto e imediato a condição de aumentar a média de atendimentos, que hoje é de 35 consultas/mês, passando a ser de 50 consultas/mês e isto implica na diminuição da fila. A sugestão é que a ajuda seja proporcional à divisão entre número de pacientes por número de habitantes dos municípios atendidos. Maior o município, maior a participação”, frisou o presidente do Hospital de Esperança.
A proposta apresentada por Felício recebeu o apoio de alguns dos presentes na reunião. Entre eles, a da prefeita de Caiabu, Suelen Nara Matos Mative (Republicanos), foi o mais enfático ao defender a sugestão de auxílio dos municípios da região ao HE. “Gostaria de pedir aos prefeitos aqui presentes para escolher um paciente de seu município e acompanhar um dia aqui dentro do hospital e um dia dentro do HRPP [Hospital Regional de Presidente Prudente]. Falo como assistente social que sou, trabalhava na Prefeitura até assumir o cargo como prefeita e sei do valor que é desse atendimento para o paciente, que chega destruído, e não só ele, a família dele também. Eles estão desesperados e pedindo socorro!”, pontuou Suelen.
Além da proposta do HE, a reunião da Unipontal teve outras duas pautas: a seca no Pontal do Paranapanema e o aumento de leitos nos hospitais das cidades da região por conta do crescimento de casos da Covid-19.
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