O presidente do Grêmio Prudente, André Garcia, também participou da coletiva de imprensa na tarde de hoje, no Estádio Paulo Constantino, Prudentão, e falou por cerca de 20 minutos com os jornalistas que estiveram presentes no local.
Entre os principais pontos, o mandachuva do Carcará justificou a saída de Fesan, falou sobre a vinda de um novo técnico e comentou que o clube tem interesse em participar do processo de concessão do Prudentão, caso o edital seja razoável, considerando assumir, futuramente, o estádio como um “um mal necessário” para o prosseguimento do futebol profissional em Presidente Prudente.
“O Ademir estaria completando nos próximos dias um ano de Grêmio Prudente. É uma marca expressiva, difícil de acontecer hoje em dia no futebol. Então, a gente não pode falar em mudança abrupta, não é o momento pra isso. Tivemos uma preparação boa, houve tempo pra treinar, pra fazer amistosos – foram seis. A base da equipe que fez as últimas partidas na Copa Paulista está em campo agora, temos seis, talvez sete atletas entre os titulares jogando”, colocou.
E continuou: “Nossa visão é que [o Fesan] teve condição de fazer um trabalho, teve tempo, teve material humano e o resultado não aconteceu. Pode ser que em mais uma, duas ou três rodadas a coisa mudasse? Sim, pode ser, mas aí entra o momento de tomar uma decisão, que não é fácil, até porque é um cara que tem todo nosso respeito”, disse o mandatário do Grêmio Prudente, que agradeceu e ponderou o respeito que tem por Fesan pelos momentos marcantes na temporada passada, como a vitória sobre o Mirassol e a classificação contra a Portuguesa no Estádio Canindé.
Sobre a busca por um novo treinador, Garcia ressaltou que Epitácio, no momento, tem condição de fazer um bom trabalho e será uma peça importante na transição entre modelos de trabalho de Fesan e do técnico que chegará em Presidente Prudente em breve.
O presidente do Grêmio falou sobre o perfil que busca no mercado e que a procura está sendo feita com calma, mesmo diante das poucas opções disponíveis. O novo comandante deve ser apresentado antes da 6ª rodada contra o Bandeirante. “A gente gostaria que fosse um treinador mais experiente, com bastante conhecimento do futebol paulista. Se for pra trazer um treinador jovem, temos que apostar no nosso prata da casa que é o Epitácio”, disse o mandachuva do Carcará, que descartou a possibilidade de Epitácio não comandar a equipe nesta quarta.
Questionado se o Grêmio Prudente tem interesse em assumir o Prudentão caso o projeto de terceirização do estádio seja viabilizado pela Prefeitura de Presidente Prudente e aprovado pela Câmara Municipal, André Garcia relatou que o clube irá aguardar a publicação do edital de “concessão onerosa” e que ainda não sabe “quais serão as condições, os pré-requisitos, as obrigatoriedades de quem vai assumir”, porém o Carcará se interessa caso entenda que o modelo de concessão seja razoável e não tão oneroso. O mandachuva da equipe também relatou que espera que o edital saia em breve.
“ACHO QUE SEM O PRUDENTÃO NÃO TEM COMO TOCAR FUTEBOL EM PRUDENTE. O OUTRO ESTÁDIO QUE TEM NO MUNICÍPIO NÃO REÚNE CONDIÇÕES MÍNIMAS, ENTÃO PODE SER UM MAL NECESSÁRIO ASSUMIR O PRUDENTÃO, QUE É UM CUSTO ALTO. HOJE PARA O CLUBE É DIFÍCIL SE ENCONTRANDO NUMA TERCEIRA DIVISÃO, MAS QUE DE REPENTE, COM UMA PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO QUE O CLUBE VEM TENDO, PODE SER QUE FAÇA MUITO SENTIDO”
André Garcia
“Acho que sem o Prudentão não tem como tocar futebol em Prudente. O outro estádio [Caetano Peretti] que tem no município não reúne condições mínimas, então pode ser um mal necessário assumir o Prudentão, que é um custo alto. Hoje para o clube é difícil se encontrando numa terceira divisão, mas que de repente, com uma projeção de crescimento que o clube vem tendo, pode ser que faça muito sentido. Então, estamos olhando pra frente, analisando e vamos esperar chegar este edital entender certinho o que tem que fazer”, relatou o presidente do Grêmio, ao realçar que a manutenção do estádio é cara e não vem sendo feita como deveria.
“A perspectiva é que isso não mude. Então, a gente tem a vontade de tentar fazer algo diferente, buscar alguém da iniciativa privada, com espaço de marketing, ou outras propriedades, para tentar levantar recursos, porque a grande dificuldade é sempre a parte financeira”, complementou Garcia, ao falar que seria interessante o Carcará ter uma casa para chamar de sua e da possibilidade do estádio passar a ser sustentável financeiramente caso o clube chegue na A1 e volte a receber os quatro grandes do Estados (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) em casa.
