Em nota à reportagem de O Imparcial, a Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Secretaria de Assuntos Jurídicos, garantiu que está trabalhando para realizar a devolução dos créditos congelados dos passes da Prudente Urbano aos usuários. Desde a rescisão contratual entre a antiga concessionária do transporte coletivo em Prudente e a Prefeitura, os usuários ainda não receberam o reembolso dos créditos remanescentes nos cartões utilizados para a cobrança da tarifa.
No início desta semana, a reportagem de O Imparcial esteve no Terminal Urbano e conversou com algumas pessoas que utilizam o transporte público cotidianamente. A diarista Sueli Belo, de 48 anos, pega ônibus quatro vezes por semana. Ela indica que tem certo valor congelado nos passes da Prudente Urbano e que a última informação que teve foi na época do reboliço. “Continuo guardando o cartão, sei que foi para a Justiça, mas aí depois nunca mais ouvi falar mais nada, não sei o resultado que deu isso”.
A autônoma Maria, que preferiu não ter seu sobrenome divulgado, relatou ter cerca de R$ 350 em créditos congelados no cartão da Prudente Urbano. “[O cartão] tá guardado. Não sei quando utilizar. Quando eles decidirem, a gente usa”, pontuou a mulher.
Diante da celeuma, a Prefeitura de Presidente Prudente informou ao O Imparcial que já iniciou os procedimentos para honrar os pagamentos dos créditos remanescentes da Prudente Urbano, mesmo não sendo, inicialmente, uma responsabilidade do município e ressaltou que a divergência entre os valores informados pela empresa e aqueles apurados pela administração municipal ainda se mantém de pé.
“Neste momento, a administração municipal está na fase de viabilização dos recursos financeiros necessários. Cabe ressaltar que ainda há divergência entre os valores informados pela empresa e aqueles apurados pelo município, para que então possa solicitar um cumprimento de sentença à Justiça”, informou a Prefeitura em nota.
POSICONAMENTO DA PRUDENTE URBANO
Questionado pela reportagem de O Imparcial, Paulo Humberto Naves Gonçalves, um dos representantes da Company Tur preferiu não se manifestar sobre o assunto dos créditos congelados e disse não estar a par do tema e que a questão está sendo discutida junto aos advogados que defendem a empresa na Justiça.
NO ANO PASSADO
Ao final de maio do ano passado, este diário noticiou que, por meio do juiz Fabio Mendes Ferreira, a Justiça decidiu extinguir o processo sobre fornecimento de dados dos créditos remanescentes nos vales-transportes da Prudente Urbano, que teve o contrato de operação do transporte coletivo rescindido no início de dezembro de 2021.
Na ocasião do embate judicial encerrado no início daquela semana ao final de maio, a Prefeitura de Presidente Prudente acionou a Justiça para que a Company Tur a informasse sobre os dados a respeito dos créditos remanescentes dos vales-transportes adquiridos pelos usuários do transporte público e que não foram utilizados pelos mesmos. A Vara da Fazenda Pública extinguiu o processo sobre fornecimento de informações dos créditos remanescentes da Company Tur. Naquele cenário, segundo cálculo do Executivo, a cifra de créditos congelados pela empresa ultrapassava R$ 5 milhões.
Prudente Urbano teve o contrato de operação do transporte coletivo rescindido no início de dezembro de 2021