A exemplo do que outros municípios da região de Presidente Prudente já determinaram, a Prefeitura de Santo Anastácio também divulgou um decreto que suspende as aulas presenciais no município para as redes estadual, municipal e particular de ensino. Para a decisão, além de levar em conta a situação epidemiológica regional, em relação à Covid-19, a administração pública informou que levou em consideração, entre outros fatores, a recomendação da Secretaria de Estado da Saúde.
No documento, a Prefeitura lembra que a partir do dia 8 de março será avaliada a possibilidade de uma retomada das aulas presenciais, de forma gradual, mas aponta que, caso não haja mudanças, até lá o estudo presencial seguirá suspenso.
Situação semelhante já ocorreu com outras cidades da região nos últimos dias, como é o caso de Presidente Bernardes e Presidente Venceslau, que nesta semana publicaram decretos suspendendo as aulas nas redes estadual, municipal e particular, além de determinar a proibição de aglomerações com mais de duas pessoas em locais públicos depois das 20h, como é o caso de Bernardes.
- Prefeitura de Bernardes suspende aulas presenciais no município
- Prefeita de Venceslau suspende aulas presenciais na cidade
A Prefeitura de Presidente Prudente tomou a mesma decisão, com a diferença de que nas escolas particulares do município fica uma recomendação de que as aulas ocorram na modalidade remota, mas não impõe a suspensão das atividades.
- Prefeitura de Prudente suspende aulas presenciais durante fase vermelha do Plano SP
O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Presidente Prudente e Região, Antonio Batista Grosso, ressalta que, atualmente, os municípios possuem autonomia para determinar a suspensão ou não das aulas presenciais, mas afirma que, na visão dele, o ideal seria que as administrações fizessem o mesmo que a cidade de Presidente Prudente fez e dessem autonomia para que as escolas particulares optassem ou não pelo ensino presencial.
“As unidades já se prepararam para essa retomada e por isso estão mais do que prontas para fornecer um ambiente seguro e com todas as medidas necessárias de higienização”. Além disso, Antonio afirma que é preciso levar em consideração o fato de que as crianças, adolescentes e jovens não podem ter os mesmos prejuízos que tiveram em 2020 em relação à educação, e diz que famílias “querem os filhos na escola”, pois sabem que emocionalmente esse retorno é importante e necessário.
Por outro lado, as suspensões podem ser vistas com bons olhos por profissionais da educação, que já há algum tempo reivindicavam a permanência dos trabalhos em casa. No início do mês, por exemplo, este diário noticiou que parte dos professores da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo deu início a uma “greve sanitária”. Entre as reivindicações estava o pedido de inclusão dos profissionais na primeira fase de imunização.