O prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello, Tupã (Republicanos), e o vice José Osanam Albuquerque Júnior (PL) realizaram uma visita ao Parque Aquático da Cidade da Criança na manhã desta quarta-feira. O local está fechado desde 2020. De acordo com Tupã, o cenário observado foi de “descaso” e “falta de respeito com o dinheiro público”. Segundo ele, já está prevista para os próximos dias uma força-tarefa, reunindo equipes da Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) e das secretarias de Meio Ambiente e Obras, para realizar ações emergenciais de zeladoria no espaço, considerando inclusive os potenciais focos do mosquito Aedes aegypiti .
“Dói no coração retornar a este local que era um cartão-postal da cidade, lugar de alegria, de lazer, ponto de encontro das famílias prudentinas, da região e até de outros Estados, e nos depararmos com uma estrutura em ruínas, totalmente abandonada”, lamentou o chefe do Executivo, que estava acompanhado do secretário de Turismo, Wesley Cotini, e demais assessores do Executivo.
Além disso, o prefeito seguirá na semana que vem para São Paulo (SP), onde tem reuniões agendadas na agência de fomento Desenvolve SP. O objetivo é buscar linhas de crédito que possam ser utilizadas para custear as reformas necessárias no Parque Aquático e Parque Ecológico do complexo.
Foto: Iury Greghi/Secom - Atual situação do Parque Aquático da Cidade da Criança
Em 2021, a Câmara Municipal instaurou uma CEI (Comissão Especial de Investigação) para investigar as condições estruturais do Parque Aquático, bem como o contrato entre a Prefeitura e o Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), responsável por administrar o complexo. Ao final dos trabalhos, o grupo recomendou ao então prefeito Ed Thomas (MDB) o imediato rompimento do contrato entre a administração e o consórcio, além da interdição do Parque Aquático.
Na ocasião, a Setur informou à casa de leis que o local continuaria fechado. “Atualmente, é totalmente impraticável pensar em reabrir, em razão do estado de conservação que foi encontrado”, apontava ofício assinado pelo então chefe da pasta, Adolfo Padilha. “Acatando decisão da CEI sobre a questão sanitária e de segurança dos usuários, não iremos abrir o Parque Aquático enquanto não estiver totalmente habilitado”, reafirmou.
O poder Legislativo orientou tal medida, por meio de relatório parcial da CEI, após recomendações expedidas pela própria Visa (Vigilância Sanitária Municipal) quanto às reformas e manutenções corretivas urgentes e/ou substituições necessárias tanto nos brinquedos como na parte estrutural de todo o complexo, bem como a limpeza de área e a manutenção dos equipamentos de uso comum.
O relatório sobre a denúncia também mostrava que, em resposta ao ofício da Comissão Especial de Investigação, a Visa fez visita in loco e relatório fotográfico e verificou a necessidade de que fossem feitas adequações. “Necessidade de reformas e pinturas em vários locais, constatação de muita sujeira, falta de manutenção e abandono de vários locais e falta de manutenção e abandono de algumas áreas dentro e fora do Parque Aquático”, detalhou o documento.
“A praça de alimentação estava fechada e muita sujeira deixada por antigos proprietários que ocupavam os espaços, muitas lixeiras quebradas, quiosques danificados e sem conservação, necessidade de capina em matos e de limpeza e manutenção no aviário e na trilha usada pelos visitantes. Constatamos várias manchas escuras nas piscinas e no rio lento”, acrescentou a Visa à CEI.