Alvo da reclamação de moradores, sobretudo depois de um acidente que resultou na morte de um motociclista em setembro de 2015, a ciclovia da Rua Alvino Gomes Teixeira, no Brasil Novo, em Presidente Prudente, começa a ser desmanchada hoje. O anuncio foi feito no início da noite de ontem, pela Secom (Secretaria Municipal de Comunicação). De acordo com o órgão, a retirada dos blocos de concreto será feita a partir das 7h, mas a Prefeitura ainda não sabe o que será feito na área, tampouco se a ciclovia será reconstruída em outro local.
Local foi alvo da reclamação de moradores, sobretudo depois da morte de motociclista
Finalizada em meados de julho de 2015, a ciclovia da Rua Alvino Gomes Teixeira, na zona norte, conta com os chamados dispositivos segregadores, que têm como objetivo evitar a invasão de veículos no trecho. E foi justamente esses dispositivos, que mais aparentam blocos de concreto, o pivô da discussão da viabilidade da ciclovia.
E a situação ficou pior quando o servente Marcio Aparecido Rosa, 35 anos, faleceu depois de sofrer um acidente às margens da ciclovia, quando perdeu o controle de sua motocicleta e caiu sobre o dispositivo. No dia seguinte a sua morte, cerca de 50 carros e ao menos 30 motocicletas deixaram o distrito de Montalvão, onde morava a vítima do acidente, e se dirigiram até a ciclovia. Na ocasião, um protesto reuniu em torno de 200 pessoas e resultou em uma chuva de pedras vinda dos manifestantes e na utilização de bombas de dispersão pela Polícia Militar.
A controvérsia não parou após o protesto e a viabilidade da ciclovia continuou sendo questionada. Tanto que, de acordo com a Secom, "o trecho estava sendo pouco utilizado pelos moradores da região, portanto, a ciclovia não estava tendo a serventia esperada". Por isso da decisão de retirar o dispositivo da via, que será desempenhada em conjunto pela Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) e pela Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública).
Estudo
Mas o que é certo até o momento é apenas a retirada da ciclovia. Isso porque, conforme a Secom, somente um estudo, que será realizado posteriormente, poderá apontar tanto o que será construído no lugar do dispositivo, como o novo local em que a ciclovia poderá ser reconstruída.