Em depoimento prestado ontem à Polícia Civil, a prefeita de Rosana, Sandra Aparecida de Souza Kasai (PSDB), revelou que, em 2014, o vereador Valdemir Santana dos Santos, Demir da Gleba (PPS), teria solicitado que ela custeasse o combustível de seu automóvel e também disponibilizasse um cargo para sua esposa, o que é ilegal. "Ele reside na zona rural e, na ocasião, disse que fazia o transporte de trabalhadores de um assentamento e, por isso, queria que a Prefeitura arcasse com este custo", revela o delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pelo caso.
A autoridade destaca ainda que Sandra negou o pedido de maneira formal, com o envio de um ofício à Câmara Municipal. "As denúncias feitas contra ela posteriormente podem ter sido uma retaliação a essa recusa, além das denúncias feitas por ela, em 2015, contra o grupo", completa.
Além de Demir da Gleba (PPS), os vereadores Cícero Simplício (PTB); Filomeno Carlos Toso (PTB); e Walter Gomes da Silva (SSD), que estão afastados de seus cargos, foram presos, no sábado, pela Polícia Civil, por terem feito falsas acusações contra a prefeita. Eles foram detidos durante ação realizada por policiais da Delegacia Seccional de Presidente Venceslau, denominada Operação Kratos.
O grupo é investigado por associação criminosa e denunciação caluniosa e também por conta da Operação Devassa, que investiga o suposto desvio de verbas pelos parlamentares. O pedido de prisão temporária dos quatro vereadores termina amanhã, mas a prorrogação, por mais cinco dias, deve ser solicitada pelo delegado. "Mais pessoas ainda precisam ser ouvidas neste caso", ressalta Edmar Caparroz.
