Os consumidores prudentinos estão pagando mais caro no quilo da cebola e do tomate, mesmo que a inflação registrada no momento apresente instabilidade e variação dos preços. Comerciantes apontam que, para a cebola, o aumento chegou a quase 100% do valor. Segundo pesquisa realizada pela Empresa Júnior da Toledo Prudente Centro Universitário, conforme parâmetros do 10º IPT (Índice de Preços Toledo), constatou-se aumento de 77,96% no preço do quilo da cebola, como também alta de 34,71% no valor do tomate. Os comerciantes creditam a inflação em razão do tempo e da importação, tendo em vista que as cebolas que circulam no mercado atualmente são importadas da Holanda e Argentina, uma vez que a produção nacional está em queda.
De acordo com o distribuidor da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), em Prudente, Jurandir Barbosa Marques, a alta no preço do tomate ocorre como em todo ano por conta das chuvas que foram registradas nos três primeiros meses de 2015.
No tomate registramos queda do preço, bem como da cebola, que chegou a custar R$ 110 e hoje é possível pagar R$ 75 na caixa".
Segundo ele, existem registros mais altos de preços neste ano, mas que agora mesmo que inflacionados estão mais baixos. Uma caixa, por exemplo, que na semana passada estava custando R$ 100 – hoje é possível encontrar até por R$ 70. "O motivo é o excesso de chuva nos meses de janeiro, fevereiro e março. Como diminuíram, as produções voltam ao normal e os preços caem. No tomate registramos queda do preço, bem como da cebola, que chegou a custar R$ 110 e hoje é possível pagar R$ 75 na caixa".
Por sua vez, o gerente do Supermercado Estrela da unidade Cohab, Vicente José Riquete, destaca que o preço está fora do normal devido à época do ano, que não é de plantio. Para ele, os produtos estão em falta e resulta no aumento do valor. "Essa alta ocorre há um mês, mais ou menos. Podemos notar que os preços começaram a decrescer, mas muito pouco por enquanto, porém, acredito que dentro de 15 dias podemos registrar baixas de até 15% da atual inflação", estima.
O gerente comercial Fernando Luiz Cavalheiro, que comercializa cebolas no armazém de entrepostos, revela que o aumento do preço da cebola ocorre por conta da pouca oferta no mercado e aponta a questão da importação como motivo da alta nos valores. Conforme menciona, o aumento foi de 100%, sendo também um dos principais motivos a queda da produção nacional. "O aumento ocorreu há quase dois meses e o preço demora um pouco para estabilizar, pois a cebola nacional que está para entrar em circulação no mercado será mais cara devido à oferta e a baixa produção", explica.
Consumidores
Quem desaprova e sofre os impactos da inflação nestes dois produtos, especialmente, é o consumidor, que acaba por desembolsar mais para adquirir os alimentos. Conforme revela o 10º IPT, que consiste na pesquisa de preços em seis supermercados de Presidente Prudente, contatou-se inflação em relação ao mês de abril de 4,21% do valor total da cesta básica, que era de R$ 461,48 e saltou para a média de R$ 480,91. Embora os dados gerais, os consumidores revelam o impacto que ocasiona no bolso com o aumento do preço do tomate e da cebola.
A educadora Maria Cristina da Silva ressalta que tais altas prejudicam, porque são alimentos básicos da alimentação rotineira do ser humano, sendo importantes para a saúde – como o tomate. "Esses aumentos refletem na nossa saúde, pois com o aumento, muitas pessoas deixam de comprar esses alimentos que colaboram com o bom desenvolvimento do nosso organismo".
Já Giani de Oliveira, que está desempregada, aponta os preços inflacionários como reflexo do desemprego e o impacto no bolso do consumidor que sofre com essas altas dos valores nos produtos. "Estou há tempos desempregada e com dificuldade de estabilizar em um emprego. Muitos mencionam a crise como fator principal, mas nestes tempos instáveis, esses aumentos acabam por prejudicar, porque são produtos que não podem ser substituídos e são ingredientes fundamentais na cozinha de qualquer casa", observa.