Os valores dos combustíveis estão mais caros em Presidente Prudente. Em alguns postos pesquisados mensalmente pela reportagem, houve crescimento nas médias dos valores se comparadas com o balanço realizado no dia 17 de maio deste ano por O Imparcial. De acordo com o levantamento, a média da gasolina subiu de R$ 5,54 para R$ 5,57; diferença de R$ 0,03. Já a média do diesel cresceu de R$ 4,55 para R$ 4,59, ou seja, R$ 0,04 a mais. Na contramão, o etanol está R$ 0,21 mais barato, devido à redução na média de R$ 4,01 para R$ 3,80.
Nas refinarias, o reajuste nos preços dos combustíveis começou a valer ontem. Então, é possível que a partir de hoje haja mudanças nos valores dos postos. Conforme anunciado pela Petrobras, o preço do diesel nas refinarias subiu 3,7%, enquanto que o preço da gasolina teve aumento de 6,3%. Segundo a Folhapress, os reajustes acompanham a alta das cotações internacionais do petróleo.
Segundo a estatal, o litro do óleo diesel será vendido por suas refinarias a um preço médio de R$ 2,81, alta de R$ 0,10. Já a gasolina sairá, em média, por R$ 2,69, R$ 0,13 a mais do que o valor vigente até anteontem.
Milton Ribeiro Sobral, presidente do Sindetanol (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Bicombustíveis de Presidente Prudente e Região), analisa que quando aumenta o valor do combustível, a tendência é de que haja diminuição no consumo.
“Com essa alta da gasolina e do diesel, é evidente que o consumidor procure mais o etanol”, afirma. “Isso para o setor é bom até certo ponto, porque neste ano há tendência de queda da safra sucroalcooleira devido à seca, permanência da estiagem e ainda a geada, que não vai afetar tanto agora, mas na próxima safra”.
Com o aumento do consumo e elevação dos preços, gasta-se mais, e conforme o presidente do Sindetanol, dependendo do patamar, é preciso ter um limite. “Hoje, compensa mais abastecer com o etanol, mas, se subir muito, não é bom para ninguém, por conta da crise financeira gerada pela pandemia. Nesse momento, qualquer aumento que vier o consumidor vai sentir”, explica.