O preço médio da gasolina em Presidente Prudente voltou a subir em relação à pesquisa do dia 16 de dezembro do ano passado realizada pela reportagem de O Imparcial junto a seis postos de combustíveis no município. O atual valor médio da gasolina ofertado nas bombas é de R$ 4,99: R$ 0,14 mais caro do que em relação a dezembro de 2022, quando o preço era de R$ 4,85 na média.
No entanto, a alta não é registrada nos valores médios do etanol e do diesel comum. Para o combustível à base de álcool houve queda de R$ 0,03 em relação ao último levantamento. O preço médio do etanol em Prudente é de R$ 3,44; em dezembro, era de R$ 3,47. Para o diesel, a baixa no valor médio por litro é de R$ 0,14: de R$ 6,38 na pesquisa do último mês de 2022 para R$ 6,24 atualmente.
Vale lembrar que, na última quarta-feira, a Petrobras aumentou o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras, de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. Em nota, a companhia justificou que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
Confira na tabela abaixo o comparativo dos valores praticados em 16 de dezembro do ano passado e 30 de janeiro deste ano:
PREÇOS NAS BOMBAS
|
16 de dezembro de 2022 |
30 de janeiro de 2023 |
||||
Estabelecimentos |
Gasolina (R$) |
Etanol (R$) |
Diesel (R$) |
Gasolina (R$) |
Etanol (R$) |
Diesel (R$) |
A |
* |
3,49 |
* |
5,17 |
3,57 |
* |
B |
4,89 |
3,39 |
6,39 |
4,93 |
3,42 |
6,13 |
C |
4,89 |
3,49 |
6,39 |
5,17 |
3,59 |
6,44 |
D |
4,69 |
3,39 |
6,14 |
4,59 |
3,09 |
5,89 |
E |
4,89 |
3,49 |
6,49 |
4,99 |
3,49 |
6,29 |
F |
4,89 |
3,59 |
6,49 |
5,09 |
3,49 |
6,49 |
Valor médio |
4,85 |
3,47 |
6,38 |
4,99 |
3,44 |
6,24 |
Fonte: Consulta aos postos de combustíveis
Para o professor de Economia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e da Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), Alexandre Bertoncello, é possível observar dois movimentos em relação ao cenário de volatilidade de preços dos combustíveis.
“O primeiro a gente volta para o começo do ano, quando houve um burburinho de que os impostos federais seriam retomados e depois eles não voltaram. Muitos postos subiram [os preços dos combustíveis] naquele momento”, relata Bertoncello. “E como é um mercado oligopolizado e, de alguma maneira - com uma demanda inelástica, pois todos precisam consumir combustível - este valor subiu de elevador e foi gradativamente descendo de escada. Então, existia alguma margem ali”, explica o especialista.
Segundo Bertoncello, neste primeiro movimento, a gordura foi queimada diante do sobe e desce dos preços. “Existia uma margem ali. Agora que as refinarias colocaram este valor a mais, numa média de 7%, os preços reajustaram um pouco, mas abaixo dos 7%”, pontua.
O segundo movimento, de acordo com o professor de Economia, está relacionado ao contexto chinês e à política de preços da Petrobras. “Se realmente a China reabrir e parar com a política de lockdowns por conta da Covid vai haver uma demanda maior por petróleo e o barril de petróleo nos próximos seis meses chegar a U$ 100. Se isso acontecer e a Petrobras mantiver a mesma política de preços, a gasolina sobe”, relata Bertoncello sobre o cenário da China e a atual política preços de paridade internacional da Petrobras.
“O que a gente vem observando é uma conversa para se mudar a forma de aumento da gasolina, que seria um outro cálculo e não a paridade internacional”, especula o professor. Segundo ele, se isso realmente vier a acontecer, é possível prever que haverá uma estabilidade no preço do combustível e do controle da inflação, porém, com diminuição dos importadores dos combustíveis, o que, segundo ele, acarretaria uma desvalorização da estatal na bolsa de valores.
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