A Fundação Procon-SP constatou que os preços dos remédios genéricos variam até 380% nas farmácias de Presidente Prudente. Segundo a pesquisa, um medicamento diurético (Hidroclorotiazida), com 30 comprimidos, pode ser encontrado por R$ 1 até R$ 4,80. Já o valor dos medicamentos de referência apresentou variação menor, de 71%. A maior discrepância está em um remédio para hipertensão, vendido de R$ 19 a R$ 32,58.
A pesquisa envolveu sete drogarias prudentinas, onde foram recolhidas 55 amostras de medicamentos, entre os dias 6 e 7 de maio. Os dados revelam que, ao se comparar os preços médios dos genéricos com os de referência, da mesma categoria, os primeiros são 44,4% mais baratos. A diferença é a menor entre as 12 cidades analisadas pelo Procon. Em São José dos Campos, por exemplo, a margem é de 57%. "Essas variações só confirmam o que sempre orientamos ao consumidor: pesquisar é uma poderosa ferramenta para que o consumidor economize e evite os abusos praticados no mercado", afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, por meio da Assessoria de Imprensa.
A diferença entre o valor dos produtos pode sofrer influência de acordo com o tipo de farmácia pesquisada, como explica a diretora do Conselho Regional de Farmácia, Nádia Alvim. Estabelecimentos cadastrados no programa Farmácia Popular recebem subsídios do governo federal para vender medicamentos mais baratos, enquanto as demais lojas precisam trabalhar com preços tabelados, o que pode influenciar os cálculos.
Apesar disso, segundo ela, não resta dúvida de que o remédio genérico é a melhor opção para o consumidor, sobretudo porque, além de ser mais barato, possui a mesma eficácia de um medicamento comum. Por isso, reforça que não se pode confundir o genérico com o similar. "O remédio similar não é obrigado a ter os mesmos componentes do remédio de referência, ou seja, o consumidor corre o risco de não absorver o medicamento da mesma forma", diz.
Remédios genéricos são em média 44% mais baratos do que os de referência, expõe Procon
Além disso, itens como data de fabricação e selo do Ministério da Saúde são obrigatórios em todas as embalagens.