Durante os três primeiros meses do ano, os financiamentos imobiliários realizados pela CEF (Caixa Econômica Federal) em Presidente Prudente tiveram uma queda de R$ 6,9 milhões nos valores custeados. Entre janeiro e março deste ano, o número de financiamentos efetivados chegou a 243, enquanto que no mesmo período do ano passado foram 240. Mesmo com a manutenção da média, os valores financiados caíram dos R$ 29,8 milhões registrados no primeiro trimestre de 2015, para R$ 22,9 milhões em 2016.
Para o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) de Prudente, Alberico Peretti Pasqualini, essa diferença entre os valores financiados pode ter sido ocasionada pelas transações efetivadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que geralmente envolvem quantias menores. "Não podemos afirmar a razão com certeza, mas pode-se concluir que seja em virtude da liberação de financiamentos que envolvem valores mais reduzidos, como, por exemplo, os do Minha Casa, Minha Vida", relata.
Agora, com as novas regras anunciadas recentemente pela Caixa para facilitar o financiamento de imóveis em todo o país, o Creci espera o reaquecimento do mercado, bem como a readequação entre o montante e os valores financiados. Entre as medidas que entraram em vigor a partir de meados do mês de abril, está a elevação da cota de financiamento de imóveis usados, que passou de 50% para até 70% do seu valor para trabalhadores da iniciativa privada e 80% para servidores públicos.
"O mercado ainda está acomodado, mas existe a perspectiva de melhora, principalmente em razão da mudança de governo. Então, o mercado está aguardando os reflexos da nova política econômica, a fim de que as vendas de imóveis sejam re-equilibradas na região", vislumbra o delegado regional do Creci.
Perspectivas em alta
Outra novidade que favorece o mercado é a liberação de financiamento para aqueles interessados em adquirir um segundo imóvel com recursos da Caixa, que também terão o mesmo aumento da fatia financiável. A ideia principal, conforme o banco, é facilitar a mudança para um imóvel maior para aqueles que desejavam, mas não conseguiam vender a primeira casa antes para dar entrada. Ainda segundo a instituição, a regra vale também para quem quer comprar o segundo imóvel e manter o que já tinha, seja para investimento ou para outro integrante da família.
Durante um encontro com cerca de 40 corretores na última semana, na sede da Superintendência Regional da Caixa, o superintendente regional José Paulo Gomes de Amorim teria demonstrado otimismo à melhoria do mercado habitacional. E ressaltou que, já seria possível, inclusive, "perceber um crescimento nos financiamentos aqui em Presidente Prudente". Cenário do qual o superintendente classifica como "muito bom", uma vez que estaria "trazendo uma perspectiva otimista, podendo gerar mais oportunidades de negócios para o desenvolvimento da região".
Cenário de crescimento
A Caixa alega não ter os números dos financiamentos realizados em Prudente durante o mês de abril, para comprovar as perspectivas do superintendente regional. No entanto, a Assessoria de Imprensa do banco divulgou as transações realizadas no âmbito de atuação da Superintendência Regional de Prudente, que abrange 106 municípios, atendidos por 45 unidades da Caixa. Entre janeiro e abril deste ano, foram 1.504, que geraram o montante de R$ 143.246.889,46.
No primeiro mês do ano, foram 297 imóveis financiados, por um total de R$ 27.324.953,98. No mês seguinte, o número de transações cresceu 24,2% e saltou para 369, que resultaram em R$ 33.551.255,81. Em março, a média de financiamento se manteve na região, com 370, e R$ 35.721.694,72 subsidiados. Já em abril, as operações tiveram uma elevação de 26,4% e alcançaram a quantia de 468, enquanto que os valores financiados cresceram 31,2% e chegaram à cifra de R$ 46.648.984,95.
