A Prefeitura de Presidente Prudente confirmou o primeiro caso de morte por dengue neste ano, o quarto registrado na história do município. Trata-se um idoso, de 87 anos, falecido no dia 11 de março, mas cujo resultado do exame foi divulgado ontem. A vítima do
Aedes aegypti, mosquito vetor, morava na zona central da cidade. Segundo a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), ele ficou internado por 25 dias, mas não resistiu ao tratamento. Os sintomas começaram a aparecer no dia 6 de fevereiro, e como ele tinha dificuldades para se comunicar, devido à insuficiência cardíaca, a família só o internou no dia 16 de fevereiro.
De acordo com Vânia Maria Alves Silva, coordenadora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), o idoso sofria de cardiopatia, doença do coração que colaborou para as complicações do quadro clínico. "A cardiopatia, que já era uma doença base, agravou a situação do paciente", comenta. O órgão municipal tem agido de acordo com o protocolo da doença, estabelecido pelo Ministério da Saúde, com o bloqueio de controle de criadouros e a nebulização na região onde residia a vítima.
Coordenadora da VEM divulgou a morte do idoso, ontem
Outra morte suspeita de dengue, em Prudente, ocorreu no dia 19, mas ainda não há confirmação. O resultado do exame deve sair em cerca de 15 dias. "Para a divulgação dos dados, precisamos ter certeza. Este caso suspeito ainda está em fase de avaliação. Por enquanto, não temos confirmação", declara Silva.
A primeira morte decorrente de dengue no município foi registrado em 2006. Sete anos mais tarde, em 2013, foi registrado mais um caso, e em 2014 foi confirmado o terceiro. "Com esta, são quatro as mortes provocadas pela transmissão da doença pelo mosquito", relata Elaine Bertacco, educadora de saúde da VEM.
As autoridades de Saúde estão preocupadas com a situação no município, pois as equipes da prefeitura ainda têm encontrado criadouros durantes as fiscalizações nas residências. "Temos aplicado autuações e desenvolvemos diversas ações educativas no decorrer do ano, mas, infelizmente, ainda há pessoas que não respeitam. Cabe à população eliminar os criadouros. É algo simples e fácil", completa Silva.
Outros casos
A cidade possui 113 casos confirmados da doença, neste ano. Segundo a coordenadora da VEM, a maioria das pessoas reage ao tratamento e se cura sem demais complicações. "Há muitos casos que não precisam de internação, em que o tratamento em casa, receitado pelos médicos, é o suficiente", relata.
Segundo a Secom, deste total, 18 foram confirmados ontem: quatro no Jardim Paulista e três na Vila Geni. Já o Parque São Matheus e o Conjunto Habitacional Ana Jacinta registraram dois cada. Os demais acometeram munícipes das vilas Industrial e Ocidental; dos jardins Bela Dária, Jequitibás e Itatiaia; bem como da Cidade Jardim e do Condomínio João Paulo. A VEM afirma ainda que outros 70 exames aguardam resultados e que há mais 544 notificações de suspeitas.
