PP está entre 5 que mais demitiram em 12 meses

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 19/04/2017
Horário 08:57
 

A regional do Ciesp (Centro da Indústrias do Estado de São Paulo) de Presidente Prudente figura entre as cinco diretorias que mais se destacaram negativamente nos últimos 12 meses. De acordo com a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp, divulgada ontem, a unidade do oeste paulista catalogou, em março, -11,57% trabalhadores empregados, na comparação com o mesmo mês do ano passado.Jornal O Imparcial

Ainda em relação ao mês passado, este obteve índice considerado estável, de -0,13%, em relação a fevereiro, o que, segundo o diretor do Ciesp, em Prudente, Wadir Olivetti Júnior, significa 50 postos perdidos. Ao todo, são 42 diretorias no território paulista. "Tivemos novamente uma pequena queda, o que mostra que as demissões não têm se acentuado. Sendo assim, vemos uma possível estagnação, o que deve impulsionar a busca pela recuperação, mesmo que com muito esforço", diz.

O diretor do Ciesp afirma que a expectativa é de que a economia do país, como um todo, volte a crescer, pois o cenário nacional reflete no do oeste paulista. "Este é um momento apreensivo. A atual conjuntura política tem contribuído para tal. Ou seja, estamos patinando, pois não estamos conseguindo sair rapidamente deste problema", comenta. "Espero que o governo reverta esta situação, para que retomemos a geração de empregos e, então, voltemos a respirar mais aliviados", pontua.

 

Segmentos

A Assessoria de Imprensa do Ciesp expõe que, entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa em março, oito ficaram positivos, 12 negativos e dois permaneceram estáveis, no que diz respeito aos dados estaduais. Já em relação à regional de Prudente, entre os positivos, o destaque ficou para o segmento da metalurgia, que teve aumento de 20% nas contratações. No entanto, este não é o cenário vivido por Antônio Dias, proprietário da Aço Forte. "Quem está contratando deve estar feliz, pois não é o que tem ocorrido aqui. Já tive que dispensar parte dos funcionários e estou lutando para manter os que ainda estão aqui. Porém, serviço não tem para todos", revela.

O empresário, que registrava vendas de R$ 300 mil mensais, conta que hoje não chega aos R$ 50 mil. "Está complicado. A venda está baixa. As encomendas são poucas. Mas seguimos na esperança de melhora, sempre pensando positivo", comenta.

Quanto ao lado negativo, o segmento que mais demitiu no mês passado foi o de máquinas e materiais elétricos.
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