Relatado a este periódico no ano de 2016, a presença de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) no Jardim Caiçara era uma das principais reivindicações dos moradores. Após dois anos, esse ainda é um problema enfrentado pela população local, que precisa se deslocar até outros bairros para passar em consultas médicas. A moradora Vilma Maria Bento Esmerdel, 57 anos, fala que os postos ficam longe da sua casa e que o mais próximo fica no centro da cidade ou na Cohab.
Sandra Regina Francisco, 57 anos, que mora há 30 anos no bairro, fala sobre a importância de ter uma UBS no local. “A gente sempre precisa ficar indo muito longe, com pessoas idosas, crianças, só para passar numa consulta. Por mais que haja um hospital próximo, as consultas são feitas só nas UBSs, por A A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu uma nota informando que a UBS de referência para o bairro é a localizada na Cohab, a cerca de 3 quilômetros do local, e que não há previsão para implantação de uma semelhante no local. “A unidade funciona também como posto de saúde durante o dia e como pronto-atendimento durante toda a noite e madrugada. Há também, a poucos metros dali, o Hospital Regional [Doutor Domingos Leonardo Cerávolo] para casos de urgência e emergência”, declara a pasta.
Segurança
O comerciante Takashi Kanizawa, 59 anos, que possui um mercado há nove anos no Jardim Caiçara, relata a ocorrência de alguns furtos no bairro e fala sobre a necessidade de haver mais patrulhamento policial. “Tem gente que precisa ir a locais aqui perto e tem medo de deixar o carro longe por causa desses furtos. Esse é um ponto crítico, a polícia deveria ter uma atenção a mais para este bairro”, considera.
A Seção de Comunicação do 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior) informa que, nesta localidade, os indicadores criminais apresentam-se “estáveis”. Uma vez que a região é situada em área próxima ao HR e a uma universidade, e faz divisa com o Parque do Povo, o que resulta em um grande fluxo de pessoas e veículos, a PM executa o policiamento ostensivo e o reforça de acordo com as necessidades, mediante prévio e amplo planejamento. Conforme a corporação, a comunidade pode e deve colaborar com o planejamento das ações policiais, fornecendo informações para a polícia, inclusive de maneira anônima, e denunciando a presença de pessoas em atitude suspeita e de veículos que não são comuns nas redondezas. “Esta aproximação e troca de informações entre a comunidade e a polícia evitam que delitos, como furtos, ocorram”, expõe.
Embora haja estes pontos que foram identificados pela reportagem, os moradores declaram que gostam do bairro e que vivem bem com a rotina tranquila do local. “Não tenho muito que reclamar, querendo ou não é perto de tudo, de fácil acesso a lazeres como o Parque do Povo e, embora haja muito movimento com os estudantes, consigo viver com sossego”, reflete Vilma Esmerdel, moradora do local há 25 anos.