Não é difícil saber de alguém que está aguardando na fila do SUS alguma cirurgia. Que pode até não ser considerada de emergência, mas, certamente vai proporcionar qualidade de vida para aquela pessoa. Tem quem passe meses no aguardo de sua vez e em muitas oportunidades a frustração acontece, já que chega alguma urgência/emergência.
Quem sofre, é claro, é a pessoa, seus familiares, com vai e vem de exames e consultas, até chegar o “grande dia” da tão esperada cirurgia. A boa notícia para a região de Presidente Prudente veio esta semana. Como noticiado neste diário, o governo do Estado de São Paulo anunciou o Mutirão das Cirurgias para zerar a fila de mais de 538,1 mil cirurgias cadastradas hoje no Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde). Para acabar com a demanda reprimida, haverá cirurgias extras na rede estadual, remuneração dobrada nos hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) e a contratação de serviços privados.
Na região de Presidente Prudente, são 16.906 cirurgias represadas. A estratégia com duração prevista para quatro meses contempla 54 cirurgias ofertadas no SUS em sete especialidades, como do aparelho circulatório, visão, digestiva e abdominais, osteomolecular e geniturinário, das glândulas endócrinas e em nefrologia. Sem as ações do mutirão, o Estado levaria cerca de dois anos para atender toda a demanda reprimida. Além disso, a partir de 1º de junho, a Secretaria de Estado da Saúde vai promover procedimentos extras em 56 hospitais da rede própria e em 37 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades). No total, serão 47,7 mil cirurgias como procedimentos contra catarata, colecistectomia, hernioplastia, adenoidectomia, vasectomia etc.
Ações como esta precisam ser frequentes. Se há essa possibilidade, de diminuir o tempo do sofrimento e essa ansiedade de espera destas pessoas, por que não fazer? O SUS tem um trabalho fundamental na vida da população, e estas iniciativas, como o mutirão, só colaboram ainda mais com a qualidade de vida do brasileiro como um todo.