Estamos no outono, a famosa estação das frutas. Momento em que se inicia a queda das folhas, os dias tornam-se mais curtos em relação à noite, as temperaturas ficam mais amenas, as chuvas diminuem e a ocorrência de ventos aumenta. A umidade cai... Tem-se neste período um ar extremamente seco, que contribui para o grande número de focos de incêndio, facilitando ainda o aparecimento de diversas doenças respiratórias. A estação exige muita cautela.
Quem nessa época, ao pegar a estrada, nunca se deparou, por exemplo, com fogo na mata, beirando a pista, ou com aquele cheiro insuportável de fumaça? Conforme matéria publicada na edição de domingo, de 1º de janeiro de 2021 a 11 de maio de 2022, foram registradas em Presidente Prudente 1.204 ocorrências de incêndio em vegetação natural. Já de 1º de janeiro de 2022 a 11 de maio último, já foram 350.
Como se sabe, as ocorrências deste tipo de incêndio, sejam elas provocadas intencional ou acidentalmente, trazem graves consequências para o meio ambiente e também para a saúde pública. Dependendo da sua extensão, as queimadas podem destruir a fauna e a flora local, além de devastar áreas de cultivo, e piorar a situação de quem já sofre com as temíveis doenças respiratórias.
Uma bituca de cigarro lançada para fora da janela do carro é um perigo. Práticas como atear fogo em pastagens, queimar lixos e entulhos, jogar garrafas de vidro e latinhas no acostamento das rodovias, além de soltar balões, são grandes aliadas para que um pequeno foco de queimada se transforme em um incêndio. O problema fica ainda mais sério quando ocorre próximo à rede elétrica, podendo desencadear interrupção no fornecimento de energia ou até algo mais sério.
Além de evitar tudo isso, a população pode e deve denunciar anonimamente casos em que testemunhe pessoas causando esse tipo de ocorrência. Basta ligar para o número 190 da Polícia Militar.
Aproveite que o Dia do Meio Ambiente (5 de junho) está chegando e ajude a preservá-lo. Os impactos negativos da ação humana sobre a natureza devem ser uma preocupação constante, não só de governantes, mas de todos nós. Não só no outono ou no inverno, mas no ano inteiro.
