Entre 1970 e 2020, período equivalente a meio século, a participação das crianças com idade até 12 anos no total da população paulista caiu exatamente pela metade: de 30% para 15%, segundo estatística demográfica divulgada pela Fundação Seade, órgão vinculado ao governo estadual. Passados 50 anos, a população total mais que dobrou no território paulista: de 17,7 milhões para 44,6 milhões de habitantes (crescimento superior a 150%). No entanto, em 1970 o Estado de São Paulo contava com 5,3 milhões de crianças, e agora são 6,8 milhões (aumento de 28,3%). A redução do percentual de crianças no contexto da população paulista é expressa pela queda da taxa de fecundidade, que foi reduzida em 50 anos de 4,3 filhos por mulher para 1,7 atualmente.
Entre 2000 e 2020, a participação de crianças na população total apresentou curva de queda em todos os municípios paulistas. Em 2000, metade dos municípios apresentava mais de 21% de sua população composta por crianças menores de 12 anos; em apenas dois dos 645 municípios esta proporção correspondia a menos de 15%. Já em 2020, observa-se diminuição generalizada da participação do segmento infantil na população total: a maior parte de municípios (quase 60%) passou a registrar valores inferiores a 15%, e nenhum município apresenta participação de crianças na população total igual ou superior a 21%.
Os números apontam para o aumento do envelhecimento da população, o que significa aumento da participação de idosos e diminuição de crianças no conjunto da população. Com a nova realidade, as políticas públicas devem levar em conta a queda na demanda por vagas no ensino fundamental, ao mesmo tempo em que cresce a procura por serviços de saúde e assistência a idosos.
● Na área mais ao sul do Estado, observam-se as maiores proporções de crianças, enquanto mais ao centro e na parte noroeste elas são menores.
● Em décadas anteriores, a mortalidade infantil incidia mais fortemente entre os nascidos do sexo masculino. Com a melhoria dos indicadores, aumentou o percentual de meninos em relação às meninas.
● Até 2021, a Starrett, uma das maiores fabricantes de ferramentas do mundo, investirá R$ 40 milhões em sua fábrica em Itu. O aporte dará suporte à unificação de toda a fabricação de serras copo, serras de fita bimetálicas e serras de fita de carbono (DFB), atualmente dividida entre as unidades da Escócia e do Brasil. A Starrett do Brasil representa cerca de 30% do faturamento do grupo no mundo, e detém em média mais de 30% de marketshare em suas linhas de serras no país.
● O Grupo Zaragoza, inaugurou loja da bandeira Spani Atacadista em São João da Boa Vista, investindo R$ 25 milhões. A unidade gerou 250 empregos diretos e ocupa uma área total de 7,5 mil m². No segundo semestre deste ano, o grupo prevê a abertura de mais sete lojas na região metropolitana e Interior do Estado de São Paulo.
● A Usina Cocal, de Narandiba, região de Presidente Prudente, anunciou nova planta industrial, com previsão de partida em abril/maio de 2021. Trata-se de expansão no projeto de produção do biogás a partir do processamento de resíduos da cana-de-açúcar. O insumo atenderá indústrias, comércios, residências e veículos leves e pesados (GNV - gás natural veicular).
● A indústria elétrica e eletrônica ampliou seu nível de emprego em 6,4 mil vagas no mês de agosto.
● O setor de máquinas agrícolas e de construção registrou crescimento de 9% das vendas em setembro em relação a agosto.
● A produção de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus subiu 4,4% nas montadoras em setembro em relação a agosto.
De acordo com estudo do Seade, entre julho e agosto o número de empregos formais no Estado de São Paulo ampliou 0,6%. Ao longo do ano, as regiões de São José do Rio Preto, Marília, Araraquara/São Carlos, Barretos, Bauru e Araçatuba apresentaram saldos positivos, as regiões de Campinas e Metropolitana de São Paulo apresentam reduções do nível de emprego.
Dois destaques interessantes publicados pelo jornal Primeira Página, da Rede APJ (Associação Paulista de Portais e Jornais):
● Uma nova técnica para levar medicamentos até tumores de câncer de pâncreas foi comprovada em testes de laboratório realizados em pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP (Universidade de São Paulo). Os pesquisadores usaram nanocápsulas feitas da membrana das próprias células tumorais, material que potencializa a ação dos medicamentos e evita efeitos colaterais, como a destruição de células saudáveis.
● Um novo modelo de ventilador pulmonar de baixo custo foi desenvolvido por um professor da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. A estrutura da tecnologia é composta, basicamente, por um cilindro com um êmbolo em seu interior, o qual é acionado por um motor de alta precisão. Todas as ações do sistema são controladas por um software, que define a velocidade e pressão adequadas do fluxo de ar que deve ser bombeado ao usuário, bem como a dose ideal de oxigênio, baseado na altura e sexo do paciente.