Diz o provérbio que depois da tempestade sempre vem a bonança. Porém, em Presidente Prudente, as horas que sucederam o temporal registrado na noite de anteontem serviram para a população lamentar os estragos, limpar a sujeira e contabilizar os prejuízos. Diferentemente do cenário visto na noite do dia anterior, moradores, empresários e funcionários de empresas aproveitaram o céu azul e o sol da manhã para colocar em ordem tudo o que a chuva, o granizo e os fortes ventos desarrumaram.
Um exemplo é o morador de uma propriedade rural às margens da rodovia Raposo Tavares (SP-270), o produtor rural Lourival Sanches Camacho, 64, que teve um barracão destelhado. Além disso, um outdoor instalado na propriedade da qual é arrendatário veio ao chão, bloqueando a porteira.
A ventania prejudicou o trânsito em localidades nos quais há grande fluxo de veículos, e semáforos não funcionavam no município.
Além dos prejuízos físicos e estruturais, os fortes ventos deixaram um rastro de sujeira pela cidade. Com isso, a Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) teve que montar uma força-tarefa, no sentido de regularizar a limpeza nas vias públicas com nove caminhões e cerca de 150 funcionários.
Em Regente Feijó, a Apae (Associação de Pais e Amigos do dos Excepcionais) também sofreu danos com o temporal, conforme a diretora Adriane Zampieri Giacomini. O alambrado da unidade foi derrubado e as salas onde ocorrem consultas de fonoaudiologia e psicologia foram prejudicadas.
Como noticiado ontem por
O Imparcial, duas aeronaves foram deslocadas e uma (de pequeno porte) chegou a virar com a força dos ventos no Aeroporto Estadual de Prudente, além de danos à estrutura metálica de hangares que foram arrastados para a pista e o destelhamento do estacionamento. A ventania prejudicou o trânsito em localidades nos quais há grande fluxo de veículos, e semáforos não funcionavam no município.
Em Prudente, segundo a Câmara Municipal, 35 postes foram derrubados durante a ventania, mas de acordo com a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), não houve notificação de danos causados pela chuva em nenhum prédio público. Já nas rodovias da região, de acordo com a Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), a intempérie danificou placas de sinalização instaladas ao longo da rodovia Raposo Tavares e ocasionou a queda de galhos na faixa de domínio. A empresa salienta que já está substituindo as placas danificadas e removendo os galhos e detritos.
Empresas
Os prejuízos ocasionados pelo temporal que atingiu o município na terça-feira também chegaram às empresas prudentinas, e a Soesp (Sementes Oeste Paulista) teve a estrutura de um barracão parcialmente prejudicada. No mesmo local, parte da cobertura do estacionamento ficou prejudicada e o futebol de quarta-feira à noite teve que ser cancelado, pois o alambrado e os postes que o sustentavam caíram. O gerente administrativo, Pedro Rechi, 45, diz que os estragos devam girar em torno de R$ 70 mil ou R$ 80 mil.
Em uma empresa de venda de peças, no jardim Cambuy, os danos foram ainda maiores. Em fase final de montagem, o barracão da Hidroeste veio ao chão por completo, deixando um rastro de destruição nas imediações. Para a proprietária Mariza de Oliveira, 66, o prejuízo financeiro deve atingir até R$ 300 mil.
Às margens da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), a fachada do estacionamento das Indústrias Alimentícias Liane Ltda ruiu por completo. Com a queda, a estrutura atingiu 12 carros de funcionários que estavam estacionados no pátio. Um deles, inclusive, capotou e ficou completamente virado.
Já na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) parte da cobertura do Teatro Universitário César Cava, no campus I, foi danificada, e no campus II, placas de sinalização ficaram retorcidas, parte do telhado do Centro Esportivo foi afetada e coberturas de policarbonato da rampa de acesso foram danificadas, além de vidros quebrados em salas de aula.