Segundo Carlos Matus, um defensor do planejamento estratégico, “negar o planejamento é negar a possibilidade de escolher o futuro, é aceitá-lo seja qual ele for”. Congruente, a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região) também acredita que a participação das esferas governamentais acrescida da sociedade civil resulta na conversão de discussões em busca de ideias e estratégias com base em interesses coletivos.
Nossa região é vocacionada a diversos setores da economia, mas ao longo dos anos, essas microrregiões não receberam a devida atenção e incentivo. Não obstante, isso promete mudar! Recentemente lançado, o governo do Estado de São Paulo garante que com o projeto Pontal 2030, haverá a promoção do desenvolvimento do Pontal do Paranapanema. O pacote com estratégias, sustentabilidade e fortalecimento regional assegura uma mudança radical com um olhar nunca antes experimentado.
A promessa é que R$300 milhões serão investidos com este propósito, por meio de ações integradas que serão desenvolvidas em curto, médio e longo prazo, inserindo o Pontal do Paranapanema no desenvolvimento fundamental do Estado paulista, com atenção aos mais diversos setores: agricultura, acessibilidade, sustentabilidade, habitação, saúde, educação, esporte, cultura, turismo, conectividade, empregabilidade, saneamento básico, segurança pública, dentre outros, bem como, com destaque à concessão (privatização) do Aeroporto Estadual Adhemar de Barros e apoio ao Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente.
O plano de investimentos ainda não foi detalhado, apenas mencionado que o pontapé inicial será o projeto de lei para a criação do Aglomerado Urbano, com as três microrregiões: Adamantina, Prudente e Rosana; e também está contemplado um PL para a regularização fundiária, apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, apoio à infraestrutura, novos leitos hospitalares e atração de investimentos por meio dos polos e dos Arranjos Produtivos Locais. Ainda persistem as dúvidas diante da não apresentação de um cronograma dos investimentos e da ausência da devida celeridade para resolução dos problemas fundiários, posto que não necessitam de tais investimentos, e sim, vontade política.
Por ora, aguardamos esperançosos por maiores detalhes e transparência postas em prática para que a comunidade possa entender, participar e encaminhar sugestões de medidas efetivas a um ambiente propício ao investimento, e que a nomenclatura “Portal da Esperança” mencionada pelo governador não seja uma mera semelhança ao provérbio de “aquela” que morre por último.