Três irmãos, de 24, 26 e 29 anos, e um comparsa do grupo, de 28, foram presos na manhã de ontem, em cumprimento a mandados de prisão, suspeitos de terem sido os autores do roubo a uma residência, no dia 12 de maio, no Parque Higienópolis, em Presidente Prudente, onde uma vítima foi feita refém e foram levados dinheiro, joias e relógios, avaliados em aproximadamente R$ 1 milhão. Outro suspeito, 24, continua foragido.
Graças a uma ação conjunta da Polícia Civil, por meio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), e da Polícia Militar, com atuação da equipe da Força Tática do 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), os quatro suspeitos foram localizados por volta das 6h de ontem, em três residências no Ana Jacinta e em uma no Parque dos Girassóis, em Prudente.
Itens para arrombar cofres, dinheiro e joias foram apreendidos
Não foram encontrados com os detidos os objetos roubados da casa no Parque Higienópolis, porém, foram localizadas duas pistolas, uma 9 milímetros, de uso exclusivo do exército, e outra calibre 380, ambas municiadas e com carregadores e mais diversos materiais que seriam utilizados para furtos a agências bancárias, entre eles, algumas brocas, de até 50 centímetros de comprimento.
Ainda estavam em poder do grupo cerca de R$ 30 mil, em dinheiro e folhas de cheque e mais diversas joias e relógios, vários deles de ouro, que suspeita-se terem sido produtos de outros crimes cometidos pela quadrilha. Foram também apreendidos quatro veículos, três carros e uma motocicleta esportiva, de alto valor.
Os quatro foram presos por associação criminosa e por posse de arma de fogo e foram encaminhados até a DIG, onde foram reconhecidos pelas vítimas e, posteriormente, encaminhados ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá, ficando à disposição da Justiça.
Associação criminosa
Segundo a Polícia Militar, os equipamentos utilizados para arrombamento de cofres que foram apreendidos indicam que o grupo já participou de outros crimes que tenham sido registrados na região. As investigações da DIG corroboram a suspeita e o delegado Pablo França destaca que os indivíduos presos são integrantes de uma associação criminosa para a prática de roubos em residências, condomínios e bancos.
Até mesmo uma chave de um automóvel, que na verdade era uma câmera disfarçada, foi apreendida com os suspeitos. Eles utilizavam o aparelho para coletar imagens e informações sobre as vítimas, sem chamar a atenção. A utilização de disfarces também era uma das maneiras de os assaltantes se aproximarem de seus alvos, sem serem identificados.
Durante o roubo, no dia 12, por exemplo, um homem, se passando por vendedor, tocou a campainha da residência e solicitou que a empregada fosse atendê-lo. Assim que se aproximou, a vítima, que estava sozinha na casa, foi rendida por mais duas pessoas, amarrada e trancada em um quarto, antes de os suspeitos fugirem com os itens roubados.