No começo deste mês, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial do caso João Pedro e indiciou a mãe do garoto, Izabella Rodrigues da Silva, de 24 anos, por homicídio triplamente qualificado na morte do filho, de 5 anos, tendo as qualificadoras do crime como motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações do caso, Wanderley Campione, após a conclusão do inquérito, a corporação representou pela decretação da prisão preventiva de Izabella, que foi decretada pela Justiça na mesma data. “O inquérito policial já se encontra em Juízo desde o dia 3 deste mês. Foi representado pela decretação da prisão preventiva e o Juízo da Comarca de Santo Anastácio decretou naquela data mesmo”, pontua Campione.
“Ela foi indiciada e denunciada em juízo pelo crime de homicídio doloso qualificado, três qualificadoras - motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima - e uma causa de aumento de pena. Segue presa no transcorrer do processo crime”, complementa Campione.
Izabella continua reclusa na Penitenciária Feminina de Pirajuí desde o dia 19 de agosto, quando foi transferida da Penitenciária Feminina de Tupi Paulista.
Como noticiado por este diário, o corpo do menino João Pedro Rodrigues da Silva, de 5 anos, que estava desaparecido desde a tarde de terça-feira, do dia 8 de agosto, em Santo Anastácio, foi encontrado sem vida pelas equipes de busca na tarde de quinta-feira, dia 10 daquele mês, na área de um córrego que corta a mata do antigo Clube dos Bancários. A informação logo foi confirmada pela Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. No início da noite de quinta, a Polícia Civil de Santo Anastácio informou que pediu a prisão temporária da mãe do menino.
Segundo os bombeiros, João Pedro foi localizado no riacho durante buscas por meio de drones. Conforme a Polícia Civil, a perícia foi acionada ao local logo após a localização do corpo do garoto. Após o desfecho, as investigações foram iniciadas pela corporação, que teve que lidar com a apuração de diversas informações falsas ao longo do caso.
As equipes do Corpo de Bombeiros e da polícia estavam mobilizadas desde a manhã da quarta-feira, 9 de agosto, quando a mãe da criança reportou o desaparecimento do filho.
De acordo com as informações prestadas pela mãe, que enfrenta problemas de depressão e ansiedade e cujas declarações foram descritas pelo Corpo de Bombeiros como “desencontradas”, o desaparecimento teria ocorrido entre as 15h e 16h de terça, quando a criança foi vista pela última vez adentrando uma mata localizada nos arredores do Clube dos Bancários.
As equipes iniciaram as buscas na mata mencionada, onde encontraram, a princípio, uma mochila contendo roupas e pertences da criança. Os trabalhos foram realizados durante toda a quarta-feira e retomados na manhã da quinta, culminando no encontro do corpo da criança no período da tarde.
O corpo de João Pedro foi sepultado na manhã da sexta-feira, 11 de agosto, em Santo Anastácio, no Cemitério Recanto da Paz, sob forte comoção de familiares, amigos e da comunidade santo-anastaciana em geral.
Naquela ocasião, o município decretou três dias de luto com bandeira a meio mastro. As aulas na escola municipal onde João Pero estudava foram suspensas no dia do sepultamento do garoto.
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