Polícia Federal investiga suposta corrupção de servidora do INSS em Regente Feijó 

Corporação deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão e outro de suspensão do exercício de função da funcionária pública

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 08/02/2023
Horário 16:51
Foto: Arquivo
Polícia Federal desencadeou segunda fase da Operação Treda
Polícia Federal desencadeou segunda fase da Operação Treda

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a segunda fase da Operação Treda, com o objetivo de aprofundar investigação e coletar elementos de prova adicionais sobre a suspeita de participação de uma servidora do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na prática de atos de corrupção, consistentes no fornecimento de dados de segurados e senhas de acesso ao “MEU INSS”, mediante o recebimento indevido de vantagem pecuniária a dois estelionatários. A ação foi desencadeada com o apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária, vinculada ao Ministério da Previdência Social.
De acordo com a PF, tais informações permitiam a esses criminosos praticarem fraudes bancárias diversas, principalmente a obtenção fraudulenta de empréstimos consignados em nomes de segurados do INSS, titulares de benefícios ativos.
Alguns atos de corrupção que teriam sido praticados pela servidora foram identificados no decorrer de investigação anterior sobre um estelionato praticado em Regente Feijó, circunscrição da Delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente, em detrimento da Caixa Econômica Federal. Já a identidade da servidora e mais fatos criminosos foram descobertos a partir dos dados coletados na primeira fase dessa investigação, deflagrada em agosto de 2022, oportunidade em que foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência de um dos estelionatários.
Até o momento, os indícios dão conta de que a servidora em questão, ao menos desde 2020, recebe vantagem indevida dos estelionatários identificados para o fornecimento dos dados que deveriam ser por ela protegidos, o que deu ensejo à determinação pela Justiça Federal do afastamento da servidora do exercício de sua função pública, como medida alternativa à decretação de sua prisão preventiva.

Operação Treda

Conforme o Ministério do Trabalho e Previdência, a operação recebeu o nome em latim Treda, que significa traição, e faz alusão à traição praticada pela servidora perante a instituição ao fornecer dados que deveriam ser por ela protegidos.
Em atuação há 22 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação de Inteligência Previdenciária detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.

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