Polícia e MPF buscam parceria com universidade

“O projeto tem duas linhas: repressão dos crimes ambientais, e educação ambiental com trabalhos de conscientização e formação de indivíduos multiplicadores", explica.

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 28/04/2015
Horário 09:18
 

A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) devem intensificar as ações do Prea (Projeto de Preservação, Repressão e Educação Ambiental) com metodologias educacionais. De acordo com Celso Ailton Lima Campos, chefe de Comunicação da Polícia Federal de Presidente Prudente e coordenador-executivo do Prea, os dois órgãos federais pretendem firmar parceria com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) para a elaboração de um plano de sensibilização, conscientização e mobilização nas comunidades ribeirinhas de Rosana, Teodoro Sampaio, Presidente Epitácio, Panorama e Pauliceia. O projeto é desenvolvido na área de influência do reservatório de 225 mil hectares, formado a partir da barragem de mais de 10 quilômetros da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, no Rio Paraná, divisa de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Campos diz que o Prea começou há cerca de dois meses e tem realizado operações periódicas no combate aos crimes ambientais nesta região, que compreende o Pontal do Paranapanema, com patrulhamento ostensivo, detenção e apreensão de equipamentos utilizados em atos flagrantes e demais infracionais. "O projeto tem duas linhas: repressão dos crimes ambientais, e educação ambiental com trabalhos de conscientização e formação de indivíduos multiplicadores", explica.

Os órgãos se reuniram em meados do mês com os representantes da universidade e a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, Leila Maria Sotocorno e Silva, para tratarem o assunto e caminham em discussão. De acordo com a Assessoria de Imprensa da Unoeste, além de coordenadores e professores, está previsto o envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação de vários cursos.

O coordenador-executivo do Prea informa que tanto a polícia quanto o MPF estão aparelhados para as operações, mas falta a construção de pedagogias para disseminar às pessoas que moram ao longo do lago, de Rosana e Pauliceia. Outro dado também definido no projeto é a realização de uma oficina de preparação de agentes multiplicadores envolvendo prefeitos e secretários municipais do Meio Ambiente e da Educação.

 

O projeto


O Prea atua na preservação de matas ciliares e da vegetação das ilhas, manutenção dos recursos hídricos, pesca predatória, proteção da flora e fauna, discussão sobre crimes ambientais, conscientização sobre descarte de resíduos sólidos e poluição por resíduos sólidos do Rio Paraná e de afluentes como os rios Paranapanema, Aguapeí e Peixe. O projeto trata ainda da proteção da fauna, da flora e da ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica), com ações associadas à modernização dos métodos de fiscalização e investigação de crimes ambientais ao longo do reservatório, reforço da presença ostensiva para coibir edificações em APP (áreas de preservação permanente), desmatamento, caça de animais silvestres, extração irregular de minerais, incêndios florestais e pesca predatória.

 
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