A região de Presidente Prudente deverá ser beneficiada, a longo prazo, com um novo projeto em transição nos departamentos da Polícia Civil do Estado de São Paulo. O objetivo é a implantação do inquérito policial eletrônico, que busca integrar, por meio virtual, as diversas delegacias estaduais com outros órgãos públicos, como o Tribunal de Justiça e o Ministério da Justiça, além de compartilhar resultados das investigações com advogados e juízes. A ferramenta foi discutida em um encontro que reuniu cerca de 380 policiais civis, na manhã de ontem, no Salão Nobre da Toledo Prudente Centro Universitário, em Presidente Prudente.

Projeto apresentado ontem visa integrar comunicação entre órgãos de segurança e Justiça
De acordo com o diretor do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior-8), Walmir Geralde, a palestra teve como propósito, neste primeiro momento, informar sobre a iniciativa e começar a capacitação dos profissionais, visto que, antes da implantação do projeto, é necessário que eles estejam devidamente preparados para a prática e obtenham a certificação digital, que se trata de um chip utilizado para o ingresso no sistema.
Walmir explica que o projeto faz a adesão de uma plataforma já existente – o RDO (Registro Digital de Ocorrências), banco de dados via intranet que informatiza o registro de BOs. "Isso permitirá que órgãos públicos como o Tribunal da Justiça façam a leitura eletrônica do nosso sistema. Desta forma, eliminamos o uso de papéis, reduzimos custos e possibilitamos a comunicação integrada", esclarece. "São abertos, por ano, uma média de 700 mil inquéritos, então, imagine a quantidade de papéis que será economizada com a adesão da ferramenta", acrescenta.
O projeto está em fase de testes há cerca de um ano em uma área de São Paulo e deve se expandir para Santos (SP) até o fim de 2016. "Um piloto ainda está sendo desenvolvido e não é possível estimar quando a ferramenta será implantada em Prudente e região. O nosso foco agora é na capacitação dos profissionais", comenta o diretor. Conforme a autoridade, esta é uma iniciativa pioneira na América Latina, visto que o Estado de São Paulo é o primeiro a dar esse passo. "É uma medida promissora em nossas vidas profissionais. A princípio, a abertura de inquéritos era feita de forma manuscrita; a seguir, passou para a datilografia; depois, a digitalização; e agora, avançamos ao eletrônico", avalia.