A Polícia Civil registrou algumas ocorrências de crimes eleitorais e no contexto do pleito no oeste paulista ao longo do 2º turno das Eleições 2022 neste domingo. O mais grave deles envolve o presidente da Câmara Municipal de Indiana, Anderson Aparecido de Oliveira (Avante). O parlamentar é acusado de “ameaça, injúria, dano e vias de fato” contra o dentista Heitor de Almeida Souza e sua mãe, a arquiteta Deborah de Almeida.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Indiana, Anderson Aparecido de Oliveira, seria o suposto autor do crime de “ameaça, injúria, dano e vias de fato” contra o dentista Heitor de Almeida Souza e sua mãe, a arquiteta Deborah de Almeida, ambos apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O caso se deu por volta das 19h10 deste domingo, na Avenida José Ferro, em Indiana, no fervor da apuração dos votos do segundo turno das eleições majoritárias. Segundo a Polícia Civil, o registro não é crime eleitoral, mas ocorreu no contexto eleitoral.
De acordo com o boletim de ocorrência, as vítimas relataram que, por motivos políticos, porém, sem justificativas, o vereador “arremessou algo contra o veículo Jeep Renegade, danificando por completo referido vidro traseiro, bem como a lataria lado esquerdo".
Conforme apuração da reportagem de O Imparcial, o presidente da Casa de Leis do município teria dirigido diversos impropérios e, em sequência, teria arremessado um objeto de grande porte no carro de eleitores de Lula que se preparavam para a carreata da vitória do petista na eleição presidencial.
“A gente entrou no carro e o cara [vereador], que estava na casa da avó da esposa dele, começou a gritar ‘petista [somado a uma palavra de baixo calão]’ e tal. Aí eu peguei o carro, fiz o balão na esquina, no que eu virei, ele já tacou o que a princípio eu achei que era uma garrafa de cerveja”, relata o dentista Heitor de Almeida Souza, que teve o carro depredado pelo vereador Anderson Aparecido de Oliveira, que também teria tentado agredir o dentista e impedir a mãe de Heitor de filmar o acontecimento.
“O vereador ameaçou a mim, minha mãe e minha tia. E depois me xingou de viadinho [sic] somado a [palavra de baixo calão]”, complementa o dentista.
De acordo com o assessor jurídico da Casa Legislativa de Indiana, Nielfen Jesser Honorato e Silva, por se tratar de um assunto particular do presidente da Câmara, ainda não havia um posicionamento da Casa de Leis do município. Nielfen pediu para que a reportagem entrasse em contato com a Câmara de Indiana na manhã desta terça-feira.
De acordo com a Polícia Civil, a notificação da primeira ocorrência de crime eleitoral ocorreu em Dracena, onde, na última sexta-feira, às 18h15, foi realizada a apreensão de duas faixas afixadas em via pública. A ocorrência foi encaminhada para a Justiça Eleitoral.
O segundo caso foi registrado na Delegacia Participativa de Presidente Prudente. A ocorrência se deu às 11h40 do sábado, onde um cartaz com a frase "Nossa Comunidade" foi apreendido. Conforme a Polícia Civil, o ato feriu a Lei 4.737/65, Artigo 301 do Código Eleitoral, ao “usar da violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar”. Após o registro, a ocorrência foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal de Presidente Prudente.