Polícia Civil investiga associação criminosa que aplicou golpe milionário em revendedora de joias

Nesta quinta-feira, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 20 policiais nas cidades de Indiana, Regente Feijó e Presidente Prudente

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 11/10/2024
Horário 08:53
Foto: Deinter-8
Justiça determinou sequestro de 11 veículos pertencentes aos investigados, avaliados em R$ 680 mil
Justiça determinou sequestro de 11 veículos pertencentes aos investigados, avaliados em R$ 680 mil

Como parte de uma investigação sobre associação criminosa, estelionato, receptação e lavagem de capitais, crimes decorrentes de um golpe milionário envolvendo um mostruário de joias, a Polícia Civil deu cumprimento nesta quinta-feira a oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Indiana, Regente Feijó e Presidente Prudente. Vinte policiais civis, sob o comandado da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da Deic-8 (Divisão Especializada de Investigações Criminais), apreenderam aparelhos celulares e diversas joias ou semijoias, produtos que serão submetidos à perícia para identificação e avaliação. 

De acordo com o coordenador da ação, o delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, as investigações tiveram início após denúncias de uma revendedora de joias que alegou ter entregado seu mostruário para uma cliente, que deveria devolver ou pagar pelos itens na mesma data. “Contudo, as joias não foram devolvidas e, conforme apurado, foram revendidas sem autorização, envolvendo familiares e outras pessoas que participaram ativamente na ocultação e revenda do material”, expõe o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior). 

Ainda em decorrência das apurações policiais, a Justiça determinou o sequestro de 11 veículos pertencentes aos investigados, avaliados em aproximadamente R$ 680 mil, como parte das medidas cautelares para garantir eventual ressarcimento do valor ao final da ação penal.

Crime em família
O Deinter-8 pontua que, durante o inquérito, constatou-se que as joias desviadas eram revendidas a terceiros e, em alguns casos, derretidas, o que caracteriza tentativa de ocultação de origem e lavagem de capitais. “Para facilitar a movimentação do material, os investigados utilizaram uma rede de contatos, incluindo familiares próximos, que passaram a agir como intermediários para a revenda e ocultação do patrimônio. A apuração indicou ainda que parte das transações financeiras eram realizadas em espécie ou por transferências bancárias, reforçando indícios de crimes patrimoniais e financeiros”, explica o órgão.

“A mobilização de 20 policiais civis da Deic-8, assim como da Delegacia de Polícia de Regente Feijó, local em que se iniciaram as investigações, representa um esforço coordenado para desarticular a associação criminosa e proteger o patrimônio da vítima. As investigações prosseguem e novas etapas poderão ser realizadas conforme o andamento das análises dos materiais apreendidos”, esclarece o delegado.


 

 

Publicidade

Veja também