Este diário já noticiou que o promotor de Justiça, Lincoln Gakyia, que atua no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) desde 2008, vive sob forte esquema de segurança, que foi intensificado nos últimos meses em razão das ameaças de morte recebidas no início do ano e que resultaram em investigações por parte da Polícia Civil. Após meses de trabalho, o delegado Eliandro Renato dos Santos informou ontem à reportagem que três homens foram indiciados pelo plano que arquitetava a morte do promotor.
O delegado expõe que cartas com conteúdos “muito graves” foram apreendidas na Penitenciária de Junqueirópolis no início do ano, entre janeiro e fevereiro, e relatou que nelas continham planos de como seriam os assassinatos que iam além do promotor, chegando ao coordenador de presídios, Roberto Medina, e de outros diretores que atuam em unidades prisionais. “Era uma ação orquestrada de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. Com isso, iniciamos as investigações e utilizamos, para isso, as cartas e chips telefônicos”.
Na ocasião, os três homens identificados foram transferidos para Presidente Venceslau e, em seguida, deslocados para outras unidades, que, por motivos de segurança, não podem ser identificadas. “Com a conclusão do inquérito, determinei o indiciamento de todos por organização criminosa, pela participação nítida deles no caso, e por causa das ameaças”, expõe o delegado.