A Polícia Civil, por intermédio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), desmascarou duas ocorrências de comunicações falsas de roubo, em Presidente Prudente, feitas no último sábado por uma mulher, de 24 anos, e na terça-feira por um homem, de 57. Após investigação, a corporação comprovou que as duas pessoas fantasiaram as estórias. Ambas irão responder criminalmente pela infração penal de comunicação falsa de crime.
No primeiro caso, a mulher relatou ter sido abordada por um homem, na tarde de sábado, em uma rua na Vila Formosa. Segundo ela, o suposto indivíduo teria feito uma ameaça com uma faca, obrigando-a a entregar seu smartphone e fazer um PIX de R$ 1,5 mil.
No segundo caso, um homem morador de Quatá noticiou ter sido abordado por uma pessoa aparentemente entorpecida, que roubou seu carro e aparelho celular. O homem também disse ter sido mantido em cativeiro por uma noite inteira.
Após as análises de imagens e os confrontos dos dados colhidos nos sistemas policiais e depoimentos de testemunhas, em menos de 24 horas, a Polícia Civil descobriu que a primeira noticiante havia feito a transferência de maneira voluntária e que o roubo noticiado nunca ocorreu.
Já no segundo caso, a corporação descobriu que o homem, após embriagar-se e fazer uso de narcótico, provavelmente, crack, perdeu seus sentidos. Um dia depois o carro foi localizado fechado, sem nenhum dano. Dois investigadores foram até Quatá para interrogar a suposta vítima. Envergonhado, o homem, de pronto, confessou que fantasiou a estória. Inclusive, o celular do noticiante do falso crime estava com o próprio.
Segundo o delegado Fábio Ferrão, a comunicação de falso crime, além de ser um delito penal que pode levar à detenção de um a seis meses ou multa, prejudica o trabalho de investigação da Polícia Civil em casos, realmente, verídicos. “A gente tenta alertar a população para que não comunique falsos crimes, porque isso prejudica as pessoas que realmente precisam do trabalho policial”, enfatiza o delegado.