Pneumologista fala sobre coinfecção por Covid e Influenza

Médico Guilherme Zimmerer Lorentz explica que isso não é incomum e nem sempre significa que paciente desenvolverá formas mais graves das doenças

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 11/01/2022
Horário 16:56
Foto: Jean Ramalho/Unimed Prudente
Guilherme acredita que não há motivo para alarde
Guilherme acredita que não há motivo para alarde

Uma palavra tem ganhado força e se tornado cada vez mais comum nos noticiários nos últimos dias: flurona. O termo é usado para designar uma coinfecção pelo coronavírus e pelo vírus Influenza, causador da gripe, e diz respeito à junção das palavras “flu”, que significa gripe em inglês, com “rona”, de coronavírus.

O pneumologista da Unimed de Presidente Prudente, Guilherme Zimmerer Lorentz, afirma que a coinfecção com os dois vírus não é incomum e que nem sempre o paciente infectado desenvolverá formas mais graves das doenças.

“Não é uma nova doença, como as pessoas tendem a acreditar, mas a infecção por dois vírus que já existem. Apesar disso, não existe nenhuma evidência que a coinfecção possa causar uma infecção mais grave ou que a mortalidade possa ser maior”, garante Guilherme.

A coinfecção ocorre quando o vírus da gripe infecta e rompe as células epiteliais do nariz, expondo receptores aos quais outros vírus podem se conectar e gerar uma infecção paralela. No geral, os sintomas são respiratórios, como tosse, coriza, congestão nasal e dificuldade para respirar. Além disso, pode ocorrer ainda a associação com febre, dor de garganta, mal estar pelo corpo, cansaço e calafrios.

“Os sintomas das duas doenças são muito parecidos. Em suma, eles atingem as vias aéreas superiores e, somente nos casos mais graves, os pacientes podem evoluir para um quadro de insuficiência respiratória”, expõe.

Medidas preventivas

Na última semana, a Secretaria de Saúde do Estado informou que foram registrados 110 casos de flurona em São Paulo. A boa notícia é que a maior parte são casos leves. Por isso, o pneumologista acredita que não há motivo para alarde.

“A população deve continuar tomando as mesmas medidas, que envolvem o distanciamento social, o uso de máscara e a vacinação, mas não há motivo para preocupações excessivas. O ideal é procurar as unidades de saúde somente quando apresentarem sintomas mais graves, como a falta de ar”, reforça.

Serviço

Devido ao aumento no número casos de síndrome gripal aguda e para atender a todos com maior agilidade, a Unimed de Prudente ampliou o número de médicos nos horários de pico no Hospital Unimed e na Unimed Mais. O Hospital Unimed abre para atendimento as 7h e funciona até à meia-noite. Já a Unimed Mais estendeu seu horário de atendimento das 7h às 20h.

Ainda assim, a cooperativa reforça que, devido à quantidade de casos gripais registrados, os atendimentos podem apresentar tempo de espera um pouco maior que o habitual.

A Unimed Prudente oferece também o Unimed Fone, 0800 772 3772, canal exclusivo disponível para dúvidas e orientações médicas.

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