A forma de pagamento por Pix foi lançada no final do ano passado pelo BC (Banco Central). O meio possibilita que os recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. Desde o seu lançamento, a forma de pagamento tem se popularizado e ganhado cada vez mais adeptos. Em Presidente Prudente, nas pequenas empresas, a alternativa é buscada pelos clientes, o que favorece os empreendedores que veem diretamente o dinheiro cair na conta.
A empresária Samara Barcello Ibrahim Kalil afirma que o imediatismo e a praticidade foram os fatores que contribuíram para que ofertasse esta forma de pagamento aos clientes. “É uma via de mão dupla, porque tanto as minhas clientes na loja usam, e eu também na hora de fazer compra com meus fornecedores em São Paulo. É muito complicado ficar usando cartão, andando com dinheiro”, explica. Na Samara Kalil Fashion & Co., por exemplo, a empresária colocou um quadro com o código para pagamento.
“A procura tem sido muito frequente. A cliente faz a compra e já pergunta: ‘qual é a chave Pix?’. Nós cadastramos o celular da loja como chave, e tem também o QR Code”, lembra. Ainda conforme Samara, a alternativa não cobra taxas, como da máquina de cartão. Assim como ela, o barbeiro Ayslan Willian Lima de Almeida, do Ayslan Barber, também enxerga a não cobrança de taxa como algo positivo. “Considero uma modalidade de pagamento mais segura, facilita na hora do troco e é mais higiênica”, explica, ao levar em conta o período de pandemia.
O empresário disponibilizou o uso do Pix como forma de pagamento há aproximadamente cinco meses, e acredita que esta é uma modalidade que deve permanecer. “É muito positivo, os clientes têm buscado essa opção por oferecer facilidade. Pelo menos uma pessoa por dia faz o pagamento por Pix na barbearia”, afirma.
Na palma da mão
José Carlos Cavalcante, gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Prudente, expõe que a modalidade traz “bastante praticidade”, em função da facilidade de acesso, e economia aos pequenos negócios. “Praticamente não tem taxas, é rápido e isso faz com que o dono do pequeno negócio tenha um fluxo de caixa constante. Não tem aquela burocracia de um cartão de crédito e a taxa cobrada das operações. Pelo que temos acompanhado é um meio de pagamento que tem crescido muito, e a tendência é crescer ainda mais”, explica.
Apesar da facilidade, é importante ficar atento no momento de realizar a transferência. Conforme o gerente regional, é preciso observar os códigos e números para que o dinheiro não caia na conta errada. “Muitos controles de gestão de empresa estão no mobile, praticamente, na palma da mão. Através do celular, tem condições de efetuar operações à distância e com muita segurança e agilidade. A presença digital vem crescendo de uma forma bastante acelerada, e com a pandemia, foi ainda mais rápido. Nessa área, houve um avanço de cinco, 10 anos. Muitas coisas que demorariam, na prática já estão acontecendo”, salienta.
O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Ele pode ser utilizado para:
- transferências entre pessoas;
- pagamento em estabelecimentos comerciais, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico;
- pagamento de prestadores de serviços;
- pagamento entre empresas, como pagamentos de fornecedores, por exemplo;
- recolhimento de receitas de órgãos públicos federais, como taxas (custas judiciais, emissão de passaporte, etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais, multas, entre outros (esses recolhimentos poderão ser feitos por meio do PagTesouro);
- pagamento de cobranças;
- pagamento de faturas de serviços públicos, como energia elétrica, telecomunicações (telefone celular, internet, TV a cabo, telefone fixo) e abastecimento de água; e
- recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a partir de 2021).
Fonte: Banco Central
SAIBA MAIS
Conforme o Banco Central, não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode fazer transações a partir de R$ 0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.
Fotos: Cedidas
Ayslan acredita que modalidade deve permanecer
Quadro em loja traz QR Code para os clientes
Samara é empresária e adepta à forma de pagamento