Pesquisador produz protótipo de reciclador de lixo doméstico

Invenção que contempla tecnologia verde recebe parecer para tramitar em análise prioritária na busca de obtenção de patente

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 12/10/2024
Horário 05:55
Foto: Cedida
Equipamento simples, barato e que contempla a tecnologia verde
Equipamento simples, barato e que contempla a tecnologia verde

Protótipo de reciclador de resíduo vegetal doméstico, voltado para resolver o problema do resíduo líquido, na busca de obtenção de patente recebe parecer do Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para trâmite em análise prioritária.

A invenção do pesquisador vinculado à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Dr. Fábio Fernando de Araújo, tem o viés da tecnologia verde. Condição que favorece a celeridade ao pedido da concessão pública do governo federal para a exclusividade de explorar comercialmente o produto. 

Sucesso do biofertilizante

O entendimento do inventor é de que a sua criação vai ao encontro do compromisso governamental na questão de sustentabilidade. Nessa primeira etapa de apreciação do pedido de análise prioritária, o parecer foi dado em pouco mais de 1 ano.

O pedido deu entrada em 26 de junho do ano passado e o parecer saiu em 13 de setembro deste ano. Consta do parecer que a invenção diferencia-se das outras propostas pelo fato de resolver o problema do resíduo líquido.

Diz ainda ser uma solução mais sustentável e sintonizada com as demandas agrícolas por nutrientes e microrganismos promotores de crescimento de plantas; utilizando o resíduo líquido presente na maioria dos resíduos vegetais.

O inventor explica que o chorume extraído na reciclagem do resíduo vegetal doméstico serve como adubo orgânico líquido. Biofertilizante testado com sucesso em estudo de final do curso de Agronomia, utilizado no cultivo de milho.

Celeridade no trâmite

O material seco pode servir para compostagem, como adubo orgânico. Existe ainda a possibilidade de servir como ração animal, pela alta concentração de nutrientes; conforme avaliação feita na universidade.

“Extratora/fermentadora de resíduos vegetais domésticos” é o título do pedido do registro de propriedade industrial ao Inpi; autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O encaminhamento foi feito em parceria com a Apec (Associação Prudentina de Educação e Cultura), mantenedora da Unoeste. O parecer de análise prioritária significa que o trâmite final deverá ocorrer em até 2 anos; o que representa 20% do prazo convencional.

A produção do protótipo para a casa de família com quatro pessoas, que gera em média 5 kg de resíduos vegetais por dia, ocorreu durante a pandemia do coronavírus. Equipamento simples que utiliza, como corpo principal, tambor plástico reciclável de 40 litros.

Simples e de baixo custo

A parte elétrica, que inclui exaustor e temporizador, e a parte hidráulica são de baixo custo. A função extratora está em extrair o líquido e promover a sua estabilização para não gerar incômodos, como o mau cheiro e moscas.

A função fermentadora compreende o processo de decomposição; o qual recebe inoculação de bactérias para acelerar o processo. O experimento é feito na casa do inventor, cuja família é de quatro pessoas.  

Conforme o Dr. Fábio, o entendimento com a Unoeste se deu junto ao pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, com encaminhamento à CDPI (Coordenadoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação).

Nesse órgão interno, pelo qual responde o Dr. Jair Garcia Junior, a destinação ao Inpi, feita junto à secretaria da CPDI, teve o processo de submissão inserido no sistema por Luciana Brambilla. O parecer veio assinado pelo chefe de divisão, Gilson da Silva.

Foto: Homéro Ferreira


Dr. Fábio Araújo é autor do invento trabalhado durante a pandemia

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