Em Presidente Prudente, pesquisa agronômica de relevância para a cultura da batata-doce avaliou 20 genótipos para identificar os mais tolerantes à seca e também para compreender como o déficit hídrico afeta a produção. Os experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, foram realizados junto ao Cevop (Centro de Estudos em Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista) e ao Ceofop (Centro de Estudos em Olericultura e Fruticultura do Oeste Paulista), ambos vinculados à Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e instalados no Campus 2.
Na avaliação das respostas fisiológicas, bioquímicas e morfológicas dos genótipos submetidos a déficit hídrico, os resultados indicaram que a tolerância à seca é um processo multifatorial.
Os genótipos com que demonstraram desempenho superior em relação à tolerância, com base nos parâmetros avaliados, foram os seguintes: “Luiza”, “Canadense”, “CIP 420717”, “Maria Isabel” e “CIP 4949186”.
A identificação de genótipos tolerantes a déficit hídrico por meio de índice multivariado possibilitou compreensão mais completa dos mecanismos de resistência, facilitando a seleção dos mais próximos do ideotipo para essa condição avaliada.
Então, foram selecionados como superiores os seguintes genótipos: “Mineirinha”, “Canadense”, “IAC Clara”, “Japonesa”, “CIP 440003”, “CIP 400092”, “CIP 440178”, “Luiza”, “CIP 187012/2” e “Maria Isabel”.
"A relevância da pesquisa, associada à produção de dissertação e publicação de artigo científico, está na contribuição aos produtores em elevar a produtividade e qualidade de raízes mediante a utilização de genótipos de melhor potencial de produtividade", aponta a universidade.
Conforme o estudo, atualmente a produtividade média brasileira é de 15 toneladas por hectare, mas tem potencial para atingir de 25 a 40 toneladas a mais; respectivamente, 66,6% a 166,6% maiores.
No mundo, são produzidas 90 milhões de toneladas por ano. No Brasil, são 952 mil e, no Estado de São Paulo, 158 mil. São dados apresentados na dissertação da engenheira agrônoma Elisa Patrícia Ramos de Melo.
A produção científica teve o aporte da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em dois processos: o de auxílio geral 2022/03120-6 e o da concessão de bolsa 2023/01704-3.
Com a orientação do professor Edgard Henrique Costa Silva e coorientação da professora Ana Cláudia Pacheco Santos, o trabalho foi levado à defesa pública na tarde da última quinta-feira.
A avaliação foi pelos pesquisadores André Ricardo Zeist, da Esalq/Unesp (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz), em Piracicaba (SP); e Amarilis Beraldo Rós, da Apta (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) em Prudente.
A dissertação foi considerada como "de alto nível" e os avaliadores contribuíram com apontamentos voltados, especialmente, como contribuição à produção de artigo científico.