Construção de casas para pescadores, volta da pesca do pintado, recursos para a implantação de tanques redes e limites na apreensão de embarcação. Esses foram alguns dos assuntos tratados ontem, na Câmara Municipal de Presidente Epitácio, com cerca de 120 pescadores e representantes do município e da Coordenadoria da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado de São Paulo.
Segundo o vereador epitaciano que promoveu a iniciativa, Paulo Fernando Cavalcanti (PSD), na Associação dos Pescadores da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná (ASPE-BHIRPA), do qual ele é diretor administrativo, existem 320 profissionais cadastrados. Porém, segundo ele, o número pode chegar a mil, pois a cidade possui outra entidade, a Colônia de Pescadores Z-24. "Nosso mercado da pesca está estável. Dá para sobreviver. Melhoraria com a volta da pesca do pintado, peixe de carne nobre que chega a custar R$ 20 o quilo", avalia. Sobre a aquicultura, revela que a criação ainda engatinha no município, mas que já existe uma produtora. "Por isso a importância da presença do coordenador da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Estado, Marcos Alves Pereira. Todos os assuntos serão levados e analisados por ele", esclarece.
Em relação à pesca do pintado, Pereira conta que a prática foi extinta em março de 2012, porque segundo ambientalistas, a espécie estaria reduzindo. "Mas nós sabemos que isso, atualmente, não é um fato real. Muitas famílias estão descontentes", lamenta. Explica que os profissionais da pesca pedem ainda maior profundidade para jogar suas redes, passando dos atuais 120 metros para 350. "Isso ajudaria a pegar mais peixes e proporcionaria mais renda", conclui.
Na ocasião, foram entregues 17 novas carteiras a pescadores, que terão autorização para pescar em nível nacional.
A Assessoria de Imprensa do deputado estadual e representante da Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura no Estado de São Paulo, Sebastião Santos (PRB), que esteve presente no evento, salienta que no encontro foram discutidos também sobre os direitos dos pescadores artesanais e mais investimentos nos recursos provenientes do Ministério da Pesca e Aquicultura.
