O teatro, por sua natureza, congrega em si todas as demais artes. É capaz de incluir no seu bojo, todas as manifestações de uma cultura ou sociedade. Originalmente intitulado Teatro Essencial Comunitário nas escolas, sendo realizado de março a agosto, o projeto prevê a contratação de companhias de teatro para a realização de oficinas teatrais dentro das escolas da rede pública estadual, - indicadas pela Diretoria de Ensino para interessados com pouca ou nenhuma experiência teatral cujo conteúdo desenvolvido é baseado na realidade cotidiana dos que participam da experiência e na problemática específica da comunidade que habitam as escolas públicas do Estado. Cada companhia de teatro contratada fica responsável por atender duas escolas com aulas semanais totalizando 100 horas/aula. Vale lembrar que as vagas são especificamente para os alunos onde está ocorrendo cada curso.
Segundo Denilson Biguete, assessor da Secult (Secretaria Municipal de Cultura), pasta responsável pelo projeto, o resultado desse trabalho poderá ser conferido por toda a população em agosto durante o Flitpp (Festival Literário de Presidente Prudente) que ocorre do dia 24 a 2 de setembro.
Conforme ele, a oficina de Teatro Essencial Comunitário tem como objetivo principal, instrumentalizar os participantes, capacitando-os com recursos técnicos para que consigam desenvolver as técnicas de interpretação e jogos dramáticos utilizando as experiências individuais e coletivas, da sua comunidade, bairro, cidade, etc...
Denilson que é ator, produtor e diretor de teatro ressalta que algo interessante é que as companhias trabalham temas da literatura brasileira. Para os jovens estudantes esta é uma oportunidade de vivenciar essa atividade artística com os profissionais do teatro dentro das escolas.
“Acreditamos que o território escolar onde as crianças aprendem e adquirem conhecimento, é um espaço que além de oferecer conteúdo pedagógico pode ser também de aprendizado sobre a arte em um momento extracurricular. Esse e outros projetos contribuem para um ambiente de aprendizado diferenciado que por meio do lúdico, as crianças despertam seu aspecto criativo, aprendem sobre a construção de valores, passam a ter um olhar de mundo mais rico. Se isso vai resultar na formação artística, ótimo. Levamos todas as técnicas artísticas, da dramaturgia onde apresentamos um espetáculo, o discutimos e a Secult faz essa ponte. Se contribuir na formação dessas crianças para o mercado de trabalho, ótimo”, enfatiza o produtor cultural.
Condução do processo
Aos orientadores, cabe a condução do processo em seu início, fase esta decisiva e de extrema importância. Após instrumentalizar devidamente o grupo, o orientador se coloca em plano secundário, cabendo-lhes, então, assessorar e organizar, quando e se necessário, as etapas subsequentes do trabalho.
“Dessa maneira busca-se preservar a autonomia e a identidade do grupo que, ao fim do trabalho, deverá estar de posse das ferramentas necessárias para, não só recriar, como levar adiante e transmitir, da melhor maneira possível, o processo de criação. No término do projeto será realizada uma mostra dos trabalhos produzidos”, expõe.
Como um espelho
Dotado de conhecimento sobre o assunto, Denilson afirma que o teatro tem sido, desde suas origens, um meio para a reflexão, a projeção e a expressão do ser humano. Como um espelho, oferece às pessoas a possibilidade de refletir sobre seu passado, avaliar a sua existência presente e projetar-se no futuro. É através do teatro que o homem expressa suas angústias, medos, privações, sonhos e esperanças, sendo também o espaço lúdico da criação, das novas possibilidades e anseios.
Ele explica que quando proposto dentro de uma comunidade, acolhe no seu seio além de pessoas sem nenhuma experiência artística, artesãos, poetas, artistas plásticos, enfim, toda uma gama de artistas locais, muitos dos quais totalmente desconhecidos até então. Pode não só reunir, como também estimular o surgimento de novos talentos e habilidades, aproveitando inclusive a colaboração de pessoas que trabalham em áreas afins, como costureiras, carpinteiros, eletricistas, etc.
“O teatro desenvolve o trabalho em conjunto e a cooperação mútua. No teatro todos têm seu lugar, todos são importantes. Além disso, é uma modalidade que se presta a apresentações tanto em espaços pequenos, modestos e informais, como em espaços tradicionais. Faz-se teatro em praças, ruas, quadras de esportes, escolas, hospitais, presídios, manicômios, associação, etc”, frisa.
Arte essencialmente coletiva
A medida que ocorre a experiência torna-se cada vez mais claro, que o trabalho de teatro desenvolvido em um grupo é um dos meios mais eficazes e rápidos de integrar, criar uma identidade, restabelecer a autoestima, estabelecer laços afetivos e propiciar a colaboração dentro de uma comunidade. Por ser uma arte essencialmente coletiva, o teatro se constrói na inter-relação e na confiança mútua. Com poucos recursos de ordem material é possível mobilizar uma comunidade em torno de um projeto comum que diga respeito à sua realidade, à sua existência e que fale de seus problemas, de seus sonhos e desejos, de suas carências e necessidades. Teatro Comunitário propõe-se dessa maneira, a oferecer os meios que capacitam os integrantes de uma comunidade a falar de sua realidade subjetiva e objetiva através do teatro.
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“Acreditamos que o território escolar onde as crianças aprendem e adquirem conhecimento, é um espaço que além de oferecer conteúdo pedagógico pode ser também de aprendizado sobre a arte”
Denilson Biguete
assessor da Secult
Box
ESCOLAS
1. E.E Profª. Anna Antônio
Parque Castelo Branco
Direção: Nádia/Daniel/Ana Paula ou Profª. coordenadora Maria Nilcéia
2. E. E. Antonio Fioravante de Menezes
Vila Marina
Direção – Marilene
2ª FEIRA - 13h ÀS 15H
3. E.E. Pastor João Carlos Padilha de Siqueira –
Jardim Santa Mônica
Direção: Carlos ou Profª. coordenadora Vivian
4. E.E. Dr. José Foz – contatos
Vila Marcondes
Direção: Regina/Mariana ou Profª. coordenadora Rosângela
5. E.E. Francisco Pessoa - contatos
Habitacional Ana Jacinta
Direção: André/Ronaldo/ Jamile ou Profª. coordenadora Lourdes
6. E.E. Profª Fátima Aparecida Falcon
Jardim Jequitibás I
Direção: Sueli ou Prof. coordenador José Leandro
7. E.E. Profª Clotilde Veiga de Barros
Jardim Santana
Direção: Nanete/Regiane ou Profª. coordenadora Vânia
8. E.E. Teófilo Gonzaga da Santa Cruz
Habitacional Jardim Humberto Salvador
Direção: Gilda ou Profª. Coordenadora Juliana
9. E.E. Prof. Placídio Braga Nogueira
Parque Alvorada
Direção: Antônia/Valéria/Carlos ou Profª. coordenadora Adriana
10. E.E. Vereador Pedro Tófano
Montalvão