O tombamento de um espaço é, conforme o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional), um instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural. Em Presidente Prudente, de acordo com o Condephaat (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico), cinco espaços são tombados, o que faz com que eles tenham tamanha importância na histórica local, principalmente por terem passado por um levantamento para justificar tal processo, como as características, época e parte geográfica. “Eles não deixam a memória cultural de nossa cidade se perder no tempo”, informa o responsável pelo conselho, Josué Pantaleão.
Ainda conforme o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico, os cinco espaços de Prudente são: Centro Cultural Matarazzo; a chaminé da antiga termoelétrica da Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), localizada na Vila Furquim; o bebedouro em frente à antiga estação de trem; o Museu e Arquivo Histórico Municipal Prefeito Antonio Sandoval Netto; e obras do artista José Bottosso, na Catedral São Sebastião, no centro da cidade.
“ENTRE AS COISAS QUE ESTÃO PROIBIDAS DE SE FAZER, ESTÁ, POR EXEMPLO, A ALTERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS, COMO AS FACHADAS”
“Sobre a conservação desses patrimônios, na cidade, ela está dentro das possibilidades locais e municipais. Após o tombamento, é necessário que haja um cuidado para que esses ambientes não sejam deteriorados, e sim conservados”, expõe Josué. Entre as coisas que estão proibidas de se fazer, está, por exemplo, a alteração das características, como as fachadas.
SÍTIO PALEONTOLÓGICO: UMA
NOVA ÁREA A SER TOMBADA
De acordo com o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico, atualmente há um processo de tombamento de uma área localizada na zona sul da cidade, no Parque dos Girassóis, onde pesquisadores encontraram vestígios de aves pré-históricas do período cretáceo. Este diário, na ocasião da descoberta, inclusive, acompanhou as escavações.
O ocorrido foi na segunda semana de maio, quando pelo menos sete pesquisadores, brasileiros, americanos e argentinos, iniciaram os trabalhos no sítio paleontológico. À época, o pesquisador e coordenador do Museu de Paleontologia de Marília (SP), William Nava, informou que os fósseis viveram na cidade há mais de 70 milhões de anos, o que fez com que o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), na ocasião, anunciasse o tombamento que segue em andamento.
Foto: Arquivo
Sítio paleontológico na zona sul, em processo de tombamento
Foto: José Reis
Bebedouro em frente à antiga estação de trem foi tombado
Chaminé da antiga termoelétrica da Sanbra, na Vila Furquim